- 21/10/2017 13h35
- São Paulo
São obras de oito artistas, que passam por diversos suportes, pesquisas e exercícios, instalações, fotografias pessoais com intervenções, estruturas cilíndricas com as imagens de mortos e desaparecidos e um vídeo sobre um linchamento. A exposição nasceu da ideia de levar ao público o tema do trauma provocado por regimes autoritários, como uma ferramenta de conscientização e reflexão.
Exposição
“Num momento político em que observamos o apagamento sistemático da memória da ditadura no Brasil e observamos a relativização da gravidade das violações cometidas nesse contexto, a exposição Hiatus traz a potência da arte e da memória na luta pela democracia, justiça e verdade, nessa missão fundamental que o Memorial da Resistência tem de lembrar o que aconteceu para que não se repita”, disse Marilia Bonas, coordenadora do Memorial da Resistência.
Além disso, o nome da exposição, palavra derivada do latim hiatus, remete às noções de falta, lacuna, interrupção, abismo. Segundo a organização da mostra, ao propor uma exposição voltada para a memória das ditaduras na América Latina, calcada nesse universo semântico, enfatizou-se os fatos de que essas ditaduras representaram rupturas históricas e que constituem uma falta ou um vazio difícil de simbolizar.
Hiatus fica em cartaz no Memorial da Resistência (memorialdaresistenciasp.org.br), no Largo General Osório, 66, região central da cidade.