Redação A Hora News
Legenda: Nunes foi um de apenas dois votos em favor das igrejas | Foto: Senado
Durante o julgamento da ação ADPF 811 sobre a reabertura das igrejas durante o tempo de pandemia que aconteceu nesta quinta-feira (8), o ministro Kassio Nunes votou em favor de manter os cultos e missas presenciais.
Ele aproveitou o voto para explicar a decisão que teve no último sábado (3) que gerou grande polêmica e o fez ser duramente criticado pela imprensa.
“Não me parece lícito suprimir direitos constitucionalmente assegurados”, disse ele. Limitar a entrada de fiéis é tolerada, mas o fechamento das igrejas não é constitucional.
“Reduzir os contatos [entre pessoas] é possível reduzir o contágio da covid-19”, declarou Kassio Nunes.
O ministro também diz que estados como São Paulo e Minas Gerais fecharam as igrejas e mesmo assim os números de contágio continuaram aumentando.
Em seu entendimento, os locais de cultos e suas liturgias devem ser preservados segundo garante a Constituição Federal.
Ele aproveitou o momento para dizer que sua decisão do último sábado não permitia que as igrejas fizessem cultos lotados, mas sim com entrada controlada.
“Há uma enorme diferença entre mandar abrir e garantir que não se feche. Minha decisão está mais ligada à segunda opção”, completou.
Sobre as decisões de municípios e estados, Nunes entende que se instituiu repúblicas autônomas na Federação, com cada cidade ou estado agindo conforme convém, sem uma regra geral.