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LOGISTICA: HM tem garantido abastecimento de oxigênio aos pacientes com Covid-19

Além de tanque de 280 polegadas, unidade hospitalar dispõe de 26 cilindros para o tratamento dos doentes acometidos pelo novo coronavírus

por Marcel Vital – Ascom Sesau

Rafael Barroso, responsável pelo setor de gases e resíduos do HM, ressalta que, quando o tanque chega a 80 polegadas, a empresa é acionada eletronicamente para reabastecer – Foto: Marcel Vital

A preocupação sobre o estoque de cilindros de oxigênio e até mesmo o risco de desabastecimento na oferta do insumo tem sido uma realidade em grandes estados brasileiros. Em Alagoas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) tem garantido o fornecimento do gás às unidades hospitalares da Rede Hospitalar Pública, de modo a ajudar no tratamento dos pacientes acometidos pela Covid-19.

Com a mudança do perfil assistencial, em 26 de março do ano passado, o Hospital da Mulher (HM), localizado no bairro Poço, em Maceió, precisou aumentar a capacidade do tanque de oxigênio líquido, passando de 200 polegadas para 280, o que representa, atualmente, 19.240 metros cúbicos (m3) de oxigênio, suficientes para atender a demanda dos pacientes internados na unidade hospitalar. Atualmente, dos 153 leitos disponíveis, em ter Clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto e Pediátrico, 132 ocupados, conforme o último boletim epidemiológico da Sesau.

Na época da maternidade, cuja assistência era voltada às gestantes de baixo risco, a equipe fazia o abastecimento do tanque praticamente uma vez por mês, pois o gás era usado nas enfermarias, nos Alojamentos Conjuntos (Alcons), na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e na Mãe Canguru, não demandando tanto do insumo, que agora é fundamental para o atendimento aos pacientes da Covid-19, de acordo com o responsável pelo setor de gases e resíduos do HM, Rafael Barroso.

Atualmente, com o atendimento aos pacientes com casos suspeitos ou confirmados da Covid-19, é preciso que o tanque seja reabastecido a cada oito ou nove dias. “Esse tanque é monitorado por uma empresa contratualizada que fornece o produto ao hospital. Quando o tanque chega a 80 polegadas, a empresa é acionada eletronicamente e vem fazer o reabastecimento”, garantiu Barroso.

Além do tanque de oxigênio de 280 polegadas, o HM conta com uma central de reserva, composta por oito cilindros de 10m3 cada e mais 18 cilindros de transportes, cuja capacidade destes é de 1m3. Os cilindros de transportes, destaca Rafael Barroso, são utilizados quando os pacientes precisam ser transferidos de um leito de semi-intensiva para uma UTI, ou vice-versa, e, também, quando os doentes necessitam realizar exames dentro do hospital.

Com os leitos recém-inaugurados no início deste ano, a equipe do HM acomodou cilindros de oxigênio, de 7m3, em cada enfermaria. “Como não dispúnhamos de pontos de fornecimento de oxigênio, tivemos que colocar 19 cilindros, com duas saídas de oxigênio para ajudar no tratamento dos pacientes”, salientou Barroso.

O responsável pelo setor de gases e resíduos do HM acrescentou que um paciente internado em um leito de UTI consome, em média, 10 litros de oxigênio por minuto, tendo em vista que o ventilador mecânico utiliza tanto o oxigênio quanto o ar comprimido. “No caso do paciente internado em leito clínico, ele chega a consumir de seis a 15 litros de oxigênio por minuto. Se ele ultrapassa esse número, é preciso que ele seja internado num leito de UTI”, disse.