Redação A Hora News
Legenda: A transferência de tecnologia já estava sendo acertada desde o ano passado | Foto: Alan Santos/PR
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou, nesta terça-feira (1), com a farmacêutica AstraZeneca, o contrato de transferência de tecnologia que permitirá a fabricação no Brasil, pela Fiocruz, do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a vacina contra a Covid-19 desenvolvida por Oxford. A cerimônia contou com a presença do Presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Isso é um grande passo que o Brasil dá. Se eu não me engano, é o quinto ou sexto país do mundo que passa a produzir o IFA e, brevemente, nós podemos até estar exportando essa vacina, porque o mundo todo só estará seguro depois que grande parte ou quase a totalidade da população mundial tiver sido imunizada”, afirmou o Presidente Jair Bolsonaro.
O IFA é a matéria-prima necessária para fabricar a vacina. Ou seja, com a transferência de tecnologia, o Brasil passa a ter autonomia tanto da matéria-prima quanto da vacina de Oxford. Isso permitirá, portanto, que o imunizante seja 100% brasileiro. Até então, a Fiocruz estava produzindo a vacina com o Ingrediente Farmacêutico Ativo importado.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou que a transferência tecnológica permitirá o Brasil avançar em relação à autossuficiência e soberania produtiva dessa vacina. “Trata-se de mais um passo crucial para que possamos melhor nos posicionar estrategicamente na luta contra a crise sanitária; e para seguir nosso objetivo de reconstruir um país melhor para todos os brasileiros.”
A expectativa da Fiocruz é iniciar a entrega das primeiras doses 100% nacionais em outubro. As instalações da Fiocruz terão capacidade de produção de IFA para cerca de 15 milhões de doses da vacina por mês.
A transferência de tecnologia já estava sendo acertada desde o ano passado. Em junho de 2020, foi assinado Memorando de Entendimento e, em setembro, a Fiocruz formalizou o contrato de Encomenda Tecnológica (Etec) com a AstraZeneca.