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Covid-19: Mais de 2.500 mil usuários já foram assistidos pelo Alô Saúde Mental

Serviço assiste pessoas em sofrimento mental em razão da pandemia da Covid-19

por Josenildo Törres – Ascom Sesau

Psicólogos do Alô Saúde Mental recebem chamados diariamente por telefone e acompanham os usuários com transtornos mentais – Foto: Igor Nascimento

Implantado em 1º de junho do ano passado para prestar assistência psicológica aos alagoanos que desenvolveram transtornos mentais durante a pandemia da Covid-19, o Alô Saúde Mental já atendeu 2.585 pessoas. O serviço, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h à 17h, pode ser acessado gratuitamente, por maiores de 18 anos, através do telefone 0800 082 5050.

Do total de pessoas que acionaram o Alô Saúde mental, 29% informaram que estavam se sentindo tristes, 24% disseram estar com crise de ansiedade. Ainda quanto a sintomatologia declarada pelos usuários do serviço, 10% relataram que estavam com medo, outros 10% com pânico e mais 10% com taquicardia. Já 6% informaram estar com falta de ar, outros 6% com tremores e 5% disseram que tinham crises de choro facilmente.

Sobre a intensidade dos sintomas, 12% relatam que eles eram leves, 30% moderados, 49% intensos e 9% muito intensos. Com relação a frequência dos sintomas citados, 13,89% disseram que sentiam uma vez por semana, 23,61% uma vez por dia, 36,11% mais de uma vez por dia e 26,39% relataram que sentiam o tempo todo.

“O isolamento social é comprovadamente necessário para frear a curva de contágio da Covid-19 e evitar até 95% das mortes, segundo demonstram estudos epidemiológicos. Mas, por outro lado, o confinamento pode causar transtornos mentais, dependendo do período em que a pessoa ficar sem interagir na sociedade. Com isso, o Alô Saúde Mental tem ajudado diversos alagoanos a lidar com este momento”, ressalta Rodrigo Gluck, supervisor de Atenção Psicossocial da Sesau.

Ainda de acordo com ele, desde junho do ano passado, o Alô Saúde Mental registrou o atendimento a usuários de 23 dos 102 municípios alagoanos, além de pessoas residentes em Porto Seguro e Vitória da Conquista, ambos na Bahia. “Nos dois municípios baianos, tivemos um atendimento em cada um deles”, informou Rodrigo Gluck, acrescentando que, devido a relevância do programa, ele ultrapassou as fronteiras de Alagoas.

Sintomas – Quanto aos sintomas, no momento da triagem os usuários se permitiam identificar e indicar mais de um sentimento, sendo assim, 30% das pessoas que acessaram o serviço relataram que estavam sentindo tristeza e 25% relatou ansiedade. Outros 10% marcaram informaram sentir pânico, medo e taquicardia, 6% apresentaram falta de ar e tremores e 5% dos usuários classificaram o choro fácil como o principal sintoma apresentado.

Do total de pessoas triadas pelo Alô Saúde Mental, 71% se identificaram como sendo do sexo feminino e 29% do masculino. Quanto a faixa etária, 43% tinham entre 18 e 29 anos, 30% entre 30 a 39 anos, 18% possuíam entre 40 a 49 anos, na faixa etária dos 50 a 59 anos eram 7%, além de 1% ter informado estar na faixa etária dos 60 aos 69 anos de idade e 1% disseram ter 70 anos ou mais.

Um panorama traçado com base nos atendimentos realizados pelo serviço, mostrou, ainda, que 8% dos usuários que acessaram o Alô Saúde Mental moravam sozinhos. Já outros 23% moravam com outra pessoa, 25% dividiam a casa em três pessoas, 29% moravam em uma residência que era dividida por quatro indivíduos e 15% deles informaram que a casa onde moravam era dividida por cinco ou mais pessoas.