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Congresso aprova aumento e Fundão Eleitoral será de quase R$ 6 bilhões

Redação A Hora News

Legenda: Dinheiro dos contribuintes servirá para patrocinar campanhas políticas | Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (15) a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022, destinando um aumento de 207% ao fundão eleitoral, antes o valor era de R$ 1,8 bilhão para financiar campanhas eleitorais e agora o valor será de R$ 5,7 bilhões.

Na Câmara o projeto foi aprovado com 278 votos favoráveis e 145 contrários. No Senado foram 40 votos favoráveis, contra 33 contrários.

A decisão gerou várias críticas ao Congresso nas redes sociais, muitos parlamentares se posicionaram contra o aumento abusivo que saíra dos cofres públicos.

Um dos deputados mais indignados com o que aconteceu na Câmara foi Marcel van Hattem (Novo-RS) que se posiciona contra o fundão há muitos anos.

“Aprovado na Câmara Fundão Eleitoral de 6 bilhões de sem sequer ter sido feita verificação nominal para saber como cada deputado votou. Ultrapassou-se hoje todo limite do aceitável em uma democracia no nosso Congresso Nacional. Rasgou-se o regimento. Violou-se a República”, disse ele.

Aos seus seguidores nas redes, Hattem declarou que o preço abusivo do combustível que tanto tem prejudicado os brasileiros terá o imposto revertido em campanhas eleitorais. “A gasolina a mais de 6 reais na bomba e o imposto pago no combustível vai para pagar campanha de reeleição de deputado e senador. É cuspir, é escarrar na cara do cidadão, em meio a uma pandemia! VERGONHOSO!”, disse.

Quem também usou as redes sociais contra o que foi aprovado no Congresso foi o ex-juiz Márlon Reis, autor da Lei da Ficha Limpa. Para ele, destinar quase R$ 6 bilhões para partidos políticos é crime de lesa pátria.

“Uma média de 3.751 reais por candidato em 2020. Ano que vem a média sobre para 200 mil reais por candidato! Gente, isso é lesa pátria”, escreveu ele no Twitter.

“Os deputados carregaram nas tintas na hora de assegurar dinheiro para as próprias campanhas. Procure saber como votaram os deputados e deputadas do seu estado”, completou.