Redação A Hora News
Legenda: Por ter imunidade parlamentar, Flordelis permaneceu no cargo por mais de um ano desde que foi denunciada como mandante da morte do marido | Foto: Câmara dos Deputados
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu nesta terça-feira (23) que a deputada Flordelis (PSD-RJ) deve ser afastada do cargo enquanto o Conselho de Ética da Câmara não decide sobre a sua situação.
Flordelis, que é missionária evangélica, é acusada de mandar matar seu próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado em 2019.
A decisão foi tomada pela 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e assinada pelos desembargadores Celso Ferreira Filho, Antônio José e Katia Jangutta. Para o relator, Celso Ferreira Filho, o processo de Flordelis está cheio de “circunstâncias estranhas”.
” São 50 anos que convivo nessa casa de conflitos e, há muito tempo, não vejo uma situação tão complexa, estranha e que causa tanta surpresa”, disse Ferreira Filho. “Lidamos com homicídio, improbidade administrativa, vários desvios, mas nesse processo há uma gama de circunstâncias estranhas sobre as quais não vou tecer comentários”, completou.
A deputada não fora afastada no ato da denúncia criminal, feita pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, por conta da imunidade parlamentar de Flordelis.