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Jornalistas que pediram para Bolsonaro se matar serão investigados

Redação A Hora News

Legenda: Código Penal criminaliza quem induz a pessoa a se suicidar | Foto: Ministro André Mendonça | ASCOM Presidência

Dois jornalistas que instigaram o presidente Jair Bolsonaro a tirar a própria vida serão investigados a pedido do Ministro da Justiça, André Mendonça.

“Alguns jornalistas chegaram ao fundo do poço. Hoje 2 deles instigaram dois Presidentes da República a suicidar-se. Apenas pessoas insensíveis com a dor das famílias de pessoas que tiraram a própria vida podem fazer isso”, disse o ministro no último domingo.

Mendonça não chegou a citar os nomes, mas estava se referindo aos colunistas Ruy Castro, da Folha de S. Paulo, e Ricardo Noblat, da revista Veja.

Castro teria escrito um artigo “Saída para Trump: matar-se”, sugerindo que a solução para o presidente dos EUA – que foi banido das redes sociais por contestar os resultados das eleições – é morrer.

Noblat compartilhou o texto do amigo no Twitter e disse que o chefe de Estado brasileiro deveria fazer o mesmo do que foi sugerido a Trump.

“Se Trump optar pelo suicídio, Bolsonaro deveria imitá-lo. Mas para que esperar pela derrota na eleição? Por que não fazer isso hoje, já, agora, neste momento? Para o bem do Brasil, nenhum minuto sem Bolsonaro será cedo demais”.

Mendonça viu que tais afirmações merecem ser investigadas. “Apenas pessoas irresponsáveis cometem esse crime contra chefes de Estado de duas grandes nações. Fazê-lo é um desrespeito à pessoa humana, à nação e ao povo de ambos os países”.

Por isso, ele mesmo pediu a abertura de uma investigação. “Requisitarei a abertura de Inquérito Policial para apurar ambas as condutas. As penas de até 2 anos de prisão poderão ser duplicadas (§ 3º e 4º do art. 122 do Código Penal), sem prejuízo da incidência de outros crimes”.

Segundo o artigo 122 do Código Penal, é crime “instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação”, sendo assim, os dois profissionais teriam infringido as leis brasileiras.