Até o final deste semestre, as 24 comunidades do Estado serão monitoradas para detectar a doença
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) continua a realizar o inquérito para identificação de focos de esquistossomose nas comunidades quilombolas em Alagoas. O monitoramento já aconteceu em Santa Luzia do Norte, Japaratinga, Passo do Camaragibe, União dos Palmares, Santana do Mundaú, Viçosa, Igreja Nova e Penedo.
De acordo com o assessor técnico de políticas transversais da Sesau, Robert Lincoln, a ação continua nas cidades de Anadia, Teotônio Vilela, Taquarana, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Belém e Igaci. “Até o final do semestre, as 24 cidades com comunidades quilombolas registradas serão alvo do inquérito dos técnicos da Sesau”, explicou o técnico.
Robert destacou que, após a ação, os casos identificados serão encaminhados para tratamento nos municípios. “As unidades de Atenção Básica estão preparadas para realizar o acompanhamento dos pacientes”, ressaltou.
O técnico lembrou que, em caso de necessidade, a gestão estadual de saúde oferece apoio técnico para as cidades. “Na eventualidade do município não dispor de medicamentos necessários, a Sesau está preparada a enviar os remédios e garantir a assistência”, reforçou.
Esquistossomose – A esquistossomose é uma doença considerada grave, sendo contraída através do contato com água doce contaminada, por meio das formas larvais de parasitas da espécie Schistosoma. Os primeiros sintomas aparecem de um a dois meses, após a infecção, e incluem febre, calafrios, tosse e dores musculares.
Em estágios mais avançados, a esquistossomose pode causar dor abdominal, diarreia e sangue nas fezes, segundo Robert Lincoln. “É importante que as pessoas procurem as unidades de saúde ao perceberem os primeiros sinais e, assim, iniciem o tratamento, evitando complicações mais severas”, reforçou.