Dados reforçam relevância do programa para salvar vidas e reduzir sequelas neurológicas nos pacientes com derrame
por Ruana Padilha / Ascom Sesau
Programa tem unidades no HGE, Metropolitano, Regional da Mata e de Emergência do Agreste – Foto: Fotos: Carla Cleto / Ascom Sesau, Thallysson Alves / Ascom HGE e Thiago Sampaio / Secom
Entre janeiro e maio deste ano, o Programa AVC Dá Sinais, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), atendeu 487 pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC) dos 696 discutidos. Destes, 294 foram contabilizados como AVC Isquêmico Agudo e 43 como AVC Hemorrágico.
Os dados reforçam a relevância do programa, que alia tecnologia, capacitação e cuidado humanizado para salvar vidas e reduzir sequelas neurológicas em pacientes acometidos com o popular derrame.
O AVC Dá Sinais é operacionalizado por profissionais de saúde, por meio do aplicativo Join, que possibilita a discussão dos casos de AVC por especialistas. Durante o atendimento, os pacientes têm acesso a exames de tomografia para que a tomada de decisão seja rápida e o manejo clínico seja adequado, culminando com a transferência do paciente de uma unidade de saúde para o hospital de referência mais próximo.
Antes do programa, apenas o Hospital Geral do Estado (HGE) possuía unidade de AVC em Alagoas. Agora, além do HGE, também há espaços no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió; no Hospital Regional da Mata (HRM), em União dos Palmares; e no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca.
Além deles, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) estão aptos para receber os pacientes como porta de entrada, transferindo-os posteriormente.
Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, o programa é um exemplo de como a tecnologia e a gestão eficiente podem transformar a realidade da saúde pública em Alagoas. “O AVC Dá Sinais é uma das maiores provas de que investir em inovação e em equipes qualificadas salva vidas. A telemedicina nos permite chegar mais longe, com mais precisão e humanização”, destacou o gestor.
Beneficiado
A importância do programa se reflete em histórias como a do empresário Cristófanes de Melo Batista, de 50 anos, que sofreu um derrame após passar mal no trabalho. Ele foi socorrido pelo Samu ao Hospital Metropolitano de Alagoas e, em seguida, ao HGE, onde teve a vida salva, após ser tratado de uma trombose e de um AVC isquêmico.
“Sempre me pediram para fazer um check-up, para ver como estava a minha saúde, mas eu nunca quis fazer. Meu filho pediu para eu ir à academia, eu estava muito pesado, mais de 120 kg, e não fui. Até que eu comecei a sentir dores de cabeça, chegando à nuca, e, ainda assim, não me preocupei em saber o que era. O resultado foi esse: um AVC. A minha salvação foi Deus e seus anjos, representados pelos profissionais aqui do HGE”, lembrou.