Dentre os cenários já especulados, surge agora um novo desenho da sucessão estadual. O nome de Marina Caldas surge para consolidar a aliança entre JHC e Calheiros, com Renan Filho fora da linha de sucessão a Paulo Dantas.

Uma reunião em que aparecem os vereadores Kellman Viera e Thales Diniz, Junior Leão, representante forte dos Caldas, e o deputado Federal Isnaldo Bulhões, gerou, a partir de então, a confirmação do projeto maior do senador Renan Calheiros, presidente do MDB estadual, que já sinalizou que Isnaldo é o nome para disputar o governo.

Nesta reunião, teria surgido o nome da primeira-dama de Maceió como consolidação do desejo dos Calheiros, que é a aliança com os Caldas e, assim, garantir seu retorno ao Senado de modo mais cômodo. A política tem uma regra única: “É uma pista com mão dupla”, ou seja, tem que ser bom para todos os que estão no jogo.

O grupo que hoje comanda o estado, a saber, Calheiros, Paulo Dantas e Marcelo Vitor, não querem perder a cereja do bolo. JHC, na disputa pelo Palácio, tornaria o projeto de continuidade mais difícil, “mas uma aliança onde todos ganham será bem melhor para os destinos do estado”, é o discurso dos mais velhos na arte de fazer política. A escalação do time seria esta: Isnaldo Bulhões para governador, Marina Caldas vice-governadora. As duas vagas do Senado ocupadas por JHC e Renan, que têm feito acenos para o prefeito de Maceió, com rasgados elogios. Os Caldas estariam contemplados com dois cargos majoritários, com grandes chances de fazer deputado federal e estadual.

Todo este desenho, que alguns defendem, não é do agrado do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Vitor, que deseja ter participação ativa tanto na definição do governador como do vice. Se fosse Renan Filho o nome para a disputa, a ALE deseja indicar o vice. Neste novo cenário, falta a palavra de MV e PD. Como experiente articulador e bombeiro que apaga incêndios, Renan pai terá a tarefa de convencer os aliados.

Caso este projeto se configure e seja de bom grado para JHC, que até agora manteve silêncio total, sem nenhuma pista se muda ou não de planos para governar Alagoas, uma coisa é certa: ninguém é forte sozinho. O prefeito de Maceió quer: vaga para sua tia Marluce no STJ, quer a mãe no Senado, quer o cargo de governador, fazer o pai federal e manter seu aliado Rodrigo na prefeitura. Este é o plano que vem sendo especulado. Se ele irá abrir mão ou não, a resposta virá quando ele quebrar o silêncio sobre a sucessão.

A redação.