Redação A Hora News
Legenda: Presidente mostra os números do Ministério da Justiça em sua defesa e a falta de escândalos de corrupção no Governo Federal | Foto: ASCOM/PR
O presidente Jair Bolsonaro rebateu o título de “personalidade corrupta de 2020” dado a ele por um consórcio internacional de jornalistas, o OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project).
Usando os escândalos do senador Flávio Bolsonaro (filho do presidente) e do ex-prefeito do Rio de Janeiro (Marcelo Crivella), a organização internacional tentou culpar o presidente brasileiro.
Para os jornalistas da OCCRP, Bolsonaro “se cercou de figuras corruptas, usou propaganda para promover sua agenda populista, minou o sistema de justiça e travou uma guerra destrutiva contra a região da Amazônia que enriqueceu alguns dos piores proprietários de terras do país”.
Eles também chamaram o presidente de “hipócrita” por ter se elegido justamente em nome do combate à corrupção, mas acabou se envolvendo com o crime.
“A família de Bolsonaro e seu círculo íntimo parecem estar envolvidos em uma conspiração criminosa em andamento e têm sido regularmente acusados de roubar do povo”, destacou Drew Sullivan, editor do OCCRP e júri.
Bolsonaro se defende
Ao saber desse “título”, o presidente brasileiro se defendeu citando os bons números do Ministério da Justiça nesses dois anos de mandato.
“Olha os números do Ministério da Justiça. Estamos há dois anos sem corrupção, PF é independente. Me acusaram de interferência e nada comprovaram”, disse.
Atacando os jornais nacionais que citaram a tal premiação da OCCRP, Bolsonaro citou a delação que envolve os irmãos Marinho, da Rede Globo, que são acusados de receber dinheiro de propina.
“Eu pensava que esse grupo fosse analisar a delação premiada do Messer. Que falou que os irmãos Marinho desviaram milhões em propina […] Caso Marinho é vergonha nacional”, disse.
O filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, também falou sobre o assunto, mostrando que o OCCRP é financiado por milionários que defendem pautas da esquerda.
“Uma busca simples no site da Organized Crime and Corruption Reporting Project mostra que o grupo é financiado, dentre outros, pelos patronos da esquerda mundial: a Open Society Foundation, do magnata húngaro George Soros, e a Rockfeller Foundation, da família Rockefeller”, escreveu o parlamentar.