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Ideologia de gênero: um prejuízo para as crianças

É o que diz o Colégio Americano de Pediatras

por Javier Fiz Pérez – Aleteia

(Foto: Phase4studios – Shutterstock)

O Colégio Americano de Pediatras, através de sua presidente, Michelle A. Cretella, o vice-presidente, Quentin Van Meter e o ex-chefe de Psiquiatria do Hospital de Clínicas John Hopkins, Paul McHug, realizou um estudo em que foram abordados os perigos da transexualidade e da ideologia de gênero, com enfoque na transexualidade infantil.

O estudo é baseado puramente em dados científicos e biológicos, deixando claro desde o princípio que as ideologias não cabem em um documento científico. Trata-se de oito pontos fundamentais que demonstram de que maneira a ideologia de gênero prejudica as crianças. Vejamos um resumo desses oito pontos:

A sexualidade humana é um traço binário, biológico e objetivo. Os genes XX e XY são identificadores genéticos de um estado de saúde, não de um transtorno. O que é normal no plano genético humano é a concepção de homem ou mulher. A sexualidade humana está projetada de maneira binária com a intenção evidente da reprodução e multiplicação de nossa espécie.

Ninguém nasce com gênero. Todo ser humano nasce com sexo biológico. Ninguém nasce com a consciência de si mesmo como homem ou mulher. Essa consciência é desenvolvida com o tempo e, como todo processo de desenvolvimento, pode ser influenciada pelas percepções subjetivas da infância. As pessoas que se identificam com “a sensação de pertencer ao sexo oposto” ou “em algum ponto intermediário” não formam um terceiro grupo sexual; continuam sendo homens e mulheres biológicos.

Quando um menino ou uma menina, biologicamente saudáveis, acreditam que pertencem ao sexo biológico oposto, produz-se um problema psicológico, não físico. Portanto, deve ser tratado como tal. Essas crianças sofrem disforia de gênero (DG), reconhecida como um transtorno mental na edição mais recente do Manual de Diagnósticos e Estatísticas da Associação Americana de Pediatria (DSM-V).

O bloqueio dos hormônios da puberdade pode ser muito perigoso. Bloquear estes tipos de hormônios leva a pessoa a um estado de enfermidade, ou seja, provoca a ausência de puberdade, inibindo, assim, o crescimento e a fertilidade de uma criança que, antes disso, era biologicamente saudável.
98% dos rapazes e 86% das moças que, durante a infância, confundiam seu gênero acabam aceitando seu sexo biológico depois da puberdade. Os dados são do DSM-V (guia clínico para psicólogos e psiquiatras).

A utilização de hormônios sexuais do sexo oposto causa riscos para a saúde. A ingestão de hormônios pode alterar a pressão arterial, causar a formação de coágulos no sangue e provocar acidentes cerebrovasculares e câncer.

As taxas de suicídio são 20 vezes maiores nos adultos que usam hormônios do sexo oposto ou se submetem a uma cirurgia de mudança de sexo.
Condicionar a educação das crianças, fazendo-as crer que a suplantação do sexo biológico por cirurgias e produtos químicos é algo normal e saudável é abuso infantil.

Enfim, endossar a ideologia de gênero de forma generalizada através da educação pública e da política confundirá tanto as crianças quanto os pais, o que faz com que, cada vez mais, crianças recorram às “clínicas de gênero” para receber medicamentos que bloqueiam os hormônios da puberdade.

Se quisermos ver meninos e meninas felizes desde a infância, a primeira regra que temos que respeitar é a da natureza. Sem uma base saudável, como podemos garantir aos nossos filhos um desenvolvimento equilibrado?