Para deputado, mudança de partido lhe ofereceu “liberdade”
por Jarbas Aragão – Gospel Prime
Conforme adiantou ao Gospel Prime na sexta-feira (9) o deputado Marco Feliciano assinou neste final de semana ficha no Podemos (ex-PTN). Na nova sigla, que se declara de “centro-direita”, o parlamentar cristão tem a oportunidade de, se quiser, concorrer ao Senado.
Depois de sete anos no PSC, em dois mandatos, Feliciano optou por um partido com 16 deputados (cinco a mais que a sigla anterior), que lhe oferece um tempo maior de TV e mais recursos. Ele acredita que terá “mais liberdade” na nova casa.
Cogitado como vice na chapa de Álvaro Dias, que concorrerá a presidente pelo Podemos, o deputado paulista explica que ainda está “sentindo o Brasil”, e não tomou uma decisão sobre seu futuro político.
Terceiro deputado federal mais votado de São Paulo em 2014, com cerca de 400 mil votos, a expectativa de Feliciano era ser o nome de consenso no meio evangélico, uma costura que considera difícil.
Falando ao Gospel Prime sobre a eleição de 2018, disse que “a expectativa é que o Brasil cresça, nossos filhos tenham paz, nossas crianças sejam crianças e a família seja, de fato uma família. Isso tudo passa pelo voto”.
O pastor acredita que é preciso uma renovação em vários níveis, a começar pela presidência da República. Avaliando a situação do país, dispara: “Estamos sem rumo”.
Questionado sobre o que o brasileiro estaria procurando nas eleições deste ano, Feliciano foi sucinto: “Candidatos com experiência, ficha limpa e tendências conservadoras”. Ele garante possuir todas essas características.
Considerado o crescimento dos evangélicos, que já são cerca de um terço da população, a sua representação política ainda é baixa, especialmente no Senado. Ali ocupam apenas 3 das 81 cadeiras da Casa.
São evangélicos declarados Magno Malta, Eduardo Amorim (PSDB/SE) e Eduardo Lopes (PRB-RJ), suplente que assumiu no lugar do prefeito Marcelo Crivella (PRB), sendo, como ele, bispo licenciado da Universal. A expectativa é que esse número aumente na próxima legislatura, o que é um bom prognóstico caso Feliciano decida encarar esse novo desafio.