Brasília
por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil
(Foto: Reprodução)
A Colômbia escolhe hoje (11) novos membros para a Câmara e o Senado. Desde as 10h (horário de Brasília), quando a votação teve início, os mais de 36 milhões de eleitores podem votar nas 11.229 mesas em todo o país.
Este é o primeiro pleito que conta com a participação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), agora renomeada para Força Alternativa Revolucionária do Comum, que concorre como partido. A nova denominação foi escolhida durante congresso das Farc, realizado em novembro do ano passado.
A eleição é realizada dois anos após o acordo de paz entre a guerrilha e o governo, firmado em novembro de 2016, em Cuba, para que as Farc se desarmassem, passando a atuar como uma força política. O acordo pôs fim a um conflito que durou 53 anos e que deixou cerca de 220 mil mortos e 60 mil desaparecidos.
No total, estão em disputa 108 cadeiras do Senado e 172 na Câmara. Destas, 5 cadeiras de cada casa legislativa são destinadas a candidatos das Farc, conforme estabelecido no acordo de paz. A eleição terminará às 18h (horário de Brasília) e os resultados devem sair ainda hoje.
Além da disputa no legislativo, os colombianos devem participar de duas consultas para escolher os candidatos dos grupos políticos de direita e de esquerda a eleição presidencial que ocorrerá em 27 de maio.
Pela direita disputam a vaga Iván Duque, do partido Centro Democrático, Marta Lucía Ramírez, do grupo Por uma Colômbia Honesta e Forte e Alejandro Ordóñez do Pátrica, da coalização A Pátria de Pé.
Entre os partidos de esquerda, a disputa está entre o entre o ex-prefeito de Bogotá Gustavo Petro, pela coalizão Colômbia Humana e Movimento Mais (Movimento Alternativo Indígena e Social), e Carlos Caicedo, pela coalizão Força Cidadã.
Na última quinta-feira (8), as Farc anunciaram a retirada de sua candidatura para a eleição presidencial que ocorrerá em 27 de maio. Concorriam à presidência Rodrigo Londoño, mais conhecido como Timochenko, líder da organização, e a sua vice, a ativista Imelda Daza. O motivo seria a frágil saúde do ex-guerrilheiro e tentativas de agressão sofridas por ele durante a campanha.