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CPI da Pandemia: Omar Aziz dá voz de prisão a ex-diretor da Saúde

Redação A Hora News

Legenda:  O senador Marcos Rogério (DEM-RO) acusou a CPI de cometer uma ilegalidade| Foto: Agência Senado

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), mandou prender Roberto Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, que prestava depoimento.

Ao longo do depoimento, Aziz reclamou que o ex-servidor da Saúde estava se esquivando das perguntas formuladas pelos senadores.

Ao longo de todo o depoimento, de mais de sete horas, os senadores pressionaram o depoente a falar a verdade sobre encontro ocorrido em um restaurante de Brasília, em 25 de fevereiro, entre ele, o cabo da PM-DF Luiz Paulo Dominguetti, suposto representante da Davati, e o coronel Marcelo Blanco, ex-diretor-substituto de Logística do ministério. Dias afirmou que o encontro foi casual, mas áudios atribuídos a Dominguetti, apresentados na CPI, desmentiram sua versão.

— Nós temos outras informações, e estamos aqui apenas checando com o senhor — advertiu logo no início do depoimento o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL).

O senador Marcos Rogério (DEM-RO) acusou a CPI de cometer uma ilegalidade, pois no mesmo momento já estava aberta a ordem do dia da sessão deliberativa do Plenário, o que impede as comissões de funcionar. Pelo mesmo motivo, o líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), pediu que Aziz reconsiderasse a decisão. Os senadores Rogério Carvalho (PT-DF) e Otto Alencar (PSD-BA) lembraram que outros depoentes mentiram perante a comissão e não foram presos. Citaram o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello e o ex-secretário de Comunicação do governo, Fábio Wajngarten. Fabiano Contarato (Rede-ES) ressalvou que é uma “obrigação” a decretação de uma prisão, em caso de flagrante.

Fonte: Agência Senado