Redação A Hora News
Legenda: Mais de 200 mil diagnósticos não foram realizados desde março | Foto: Karolina Grabowska no Pexels
As estimativas de 2020 do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para pelo menos 625 mil novos casos de câncer por ano. Antes da pandemia do novo coronavírus, o câncer já ocupava o segundo lugar no ranking das principais causas de mortes no Brasil, atrás somente de doenças cardiovasculares, e agora precisa de atenção redobrada, uma vez que o diagnóstico precoce tem fator imprescindível no sucesso do tratamento oncológico.
Segundo dados de uma pesquisa do Instituto Oncoguia, o diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas foram impactados em 43% devido à pandemia da Covid-19 no país, sendo 15% o percentual de pacientes com tratamentos adiados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) lembra que o câncer é uma doença de emergência e quanto mais cedo for identificada, melhor será o resultado do tratamento.
Informação reiterada pela oncologista clínica do IBCC Oncologia, Dra. Suelen Martins, aos pacientes. “O tratamento e o diagnóstico iniciais do câncer de forma precoce são muito importantes para um desfecho clínico positivo. Pacientes deixaram de fazer os exames de rotina, biopsias, cirurgias e muitas vezes isso acaba impactando nas chances de cura”, destaca.
Hoje, os hospitais já adotaram medidas seguras para manter os atendimentos e instituições especializadas como o IBCC Oncologia intensificaram as ações com fluxos oncológicos seguros, afinal, pacientes que tratam doenças oncológicas, hematológicas e imunológicas não podem esperar.
Com as estimativas do INCA e calculando o prazo do início da pandemia em março, já se passaram mais de 4 meses. “Com a informação de que por mês teremos em média 50 mil novos casos de câncer, já chegamos próximo a 200 mil pessoas nesse universo. Esses diagnósticos não deixaram de existir, mas não estão sendo realizados. No início da pandemia, as Sociedades Brasileiras de Oncologia Clínica e Cirurgia Oncológica recomendaram o adiamento de cuidados eletivos para quem já estava em tratamento e não teria impacto, mas a detecção é imprescindível que aconteça e o primeiro tratamento também”, destaca o cirurgião oncológico do IBCC Oncologia, Dr. Abner Barrozo.