Redação A Hora News
Legenda: Imagem com instrumentos médicos | Foto: Pixabay
A psicanalista brasileira Suzana Avezum estudou 130 pacientes (65 que enfartaram e 65 que não enfartaram) e concluiu que a falta de perdão está associada ao enfarte.
Os pesquisados responderam a dois questionários, um para avaliar a disposição para o perdão e outro sobre espiritualidade e religiosidade.
“Encontrei mais ocorrência de enfarte entre aqueles que têm dificuldade do perdão”, afirma a pesquisadora. “O estudo mostrou que, entre quem enfartou, 31% afirmaram ter tido perda significativa da fé. Entre quem não teve, o índice foi de 9%”, completou.
Entre os pacientes que enfartaram, 65% afirmaram que não estavam dispostos a perdoar. O índice foi de 35% no outro de pessoas que não tiveram o problema.
Em outra questão, 54% dos que tiveram um enfarte disseram que perdoariam. E 72% entre quem não enfartou se mostram dispostos a perdoar.
A pesquisa foi apresentada durante 40º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) que aconteceu há alumas semanas, mas não é a única a ligar o perdão e a religiosidade à redução de doenças cardiácas.
“Na última década, tem crescido a questão da relação entre espiritualidade e doenças do coração. Quase todos os congressos de cardiologia têm sessões especiais sobre o tema que enchem as salas. As pessoas mais tranquilas, sossegadas e, aí vai a questão da religiosidade, têm uma tendência menor de ter esse tipo de doença”, disse cardiologista e coordenador do Programa de Enfarte Agudo do Miocárdio do Hospital do Coração (HCor), Leopoldo Piegas, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.