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Morte de advogado na Ponta Verde é esclarecida pela Segurança Pública

Em coletiva à imprensa, nesta quarta-feira (2), cúpula da SSP deu detalhes das investigações e falou da prisão de 12 homicidas

por Vanessa Siqueira – Agência Alagoas

(Durante coletiva, delegados falaram da elucidação da morte de advogado e outros crimes – Foto: Renan Belo / Ascom Polícia Civil de Alagoas)

A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP) repassou detalhes do trabalho de investigação capitaneado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que resultou na prisão de diversos homicidas. Em coletiva à imprensa, nesta quarta-feira (2), a cúpula da Secreetaria de Segurança Púbica também deu detalhes da elucidação da morte do advogado José Fernando Cabral de Lima, ocorrida dia 3 de abril.

As investigações foram realizadas pela delegada Simone Marques e contaram com apoio fundamental da delegada Paula Francinete, que estava de plantão no dia do crime e conseguiu colher informações importantes para a investigação chegar aos autores do crime e, assim, elucidar o caso.

A polícia detectou que o crime teve como autor intelectual o advogado Sinval José Alves, sócio da vítima, e autoria material de Denisvaldo Bezerra da Silva Filho e Irlan Almeida de Jesus, este último, preso em Salvador por equipes da Delegacia de Homicídios de Maceió e da Bahia.

O crime aconteceu no dia 3 de abril Irlan e Denisvaldo chegaram em uma motocicleta, entraram no escritório, anunciaram um assalto e balearam a vítima. No local estavam Sinval e um funcionário. A polícia acredita que o crime foi motivado por uma dívida entre eles.

A delegada Simone Marques explicou que a polícia investiga a participação de outras duas pessoas no crime, uma delas identificada como Raimundo Pereira de Souza, que entregou um bilhete à vítima onde dizia que o advogado estava sendo traído por alguém próximo.

Durante a coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, destacou a importância de a Delegacia de Homicídios possuir delegados plantonistas, pois foi o empenho investigativo da delegada Paula Francinete que conseguiu detalhes importantes para auxiliar as equipes no processo investigativo.

A gerente de Polícia Judiciária, delegada Ana Luiza Nogueira, parabenizou o trabalho realizado, ressaltando a complexidade do caso. “Dentro do prazo para se concluir o inquérito, a Delegacia de Homicídios conseguiu concluir o caso e prender todos os envolvidos no crime”, disse.

O delegado Eduardo Mero também destacou o trabalho coordenado pela delegada Simone e falou do suporte ofertado pela Delegacia de Homicídios nas investigações. “A delegada Paula conseguiu muitas informações úteis para a conclusão do inquérito. As equipes da Delegacia de Roubos e Furtos também estiveram presentes no dia do crime e foram fundamentais. Uma das missões fora do Estado foi determinante para a prisão de um dos envolvidos”, disse.

Outros homicídios

Durante a coletiva, o delegado Eduardo Mero deu detalhes da prisão de outras 12 pessoas. Todas elas foram investigadas e constatado o envolvimento em homicídios que ocorreram em Maceió.

Jhonath Pereira Custódio, de 26 anos, foi preso no dia 23 de março no povoado de Massagista, em Marechal Deodoro. Ele é o autor do homicídio cometido contra João Augusto da Silva, em janeiro de 2017. Ele foi espancado e morreu no dia 27 de fevereiro, em decorrência dos ferimentos sofridos.

Marta Vieira dos Santos, de 23 anos, e Ronilson Romero da Silva, o ‘Ninho’, de 21 anos, foram presos no dia 3 de abril, no bairro Cidade Universitária. Ambos participaram da morte de Andressa Samara, em dezembro do ano passado. Segundo as investigações, a vítima era casada com o irmão do marido de Marta. Após várias brigas, incluindo agressões físicas, Marta pediu ‘autorização’ a seu marido, identificado como Erick da Silva Marques, para assassinar a jovem. Ela foi morta a pedradas.

Já Edilânio Santos da Silva, de 33 anos, Renato Felipe Oliveira Saraiva, conhecido como ‘Liu’, de 23 anos, e o adolescente N.V.S, de 16 anos, assassinaram Osman Teixeira de Amorim Neto. As prisões aconteceram nos dias 23 e 25 de abril, no conjunto Virgem dos Pobres, no Vergel do Lago.

Osman foi morto após ser reconhecido como o autor de uma tentativa de homicídio contra um integrante de uma facção criminosa instalada no conjunto. Ele foi levado até à favela da Muvuca, onde foi morto. Na tentativa de ocultar o crime, o corpo da vítima foi jogado na lagoa Mundaú, sendo localizado já em avançado estado de decomposição em 2 de abril, após inúmeras buscas na região.

Jhonatan Ferreira da Silva, de 20 anos, foi preso no dia 8 de abril, no conjunto Colibri. Ele foi identificado como o autor do homicídio de Douglas Trindade Dias, de 29 anos. A vítima era usuária de drogas e foi morto a tiros por Jhonatan dentro de sua residência após se envolver em um conflito com traficantes no bairro Santos Dumont.

Alysson Justino Bezerra, conhecido como ‘Passaporte’, de 22 anos, foi preso em Rio Largo no dia 19 de março. Ele praticou um duplo homicídio, que vitimou Weslley Michael Kelvin Silva de Araújo, o ‘Agreste’, de 22 anos, e João Vitor Nunes da Silva, o ‘Boca’, de 17 anos. As mortes tiveram com motivação guerra entre facções rivais. As mortes chegaram a ser tratadas com riqueza de detalhes num áudio divulgado nas redes sociais por um reeducando.

Já Alexandre Passos da Silva, conhecido como ‘Cadu’, de 19 anos, foi preso no dia 22 de março, no bairro Cidade Universitária, por envolvimento na morte de João Nascimento dos Santos Neto, o ‘Netinho’, de 33 anos. O crime ocorreu em uma oficina mecânica no conjunto Virgem dos Pobres, em fevereiro deste ano. Segundo as investigações o homicídio decorreu de disputa entre facções rivais. Alexandre foi até o estabelecimento com outro homem e executou a vítima.

Participaram das prisões militares do 8º e 4º Batalhão da Polícia Militar, Asfixia, Grupo de Investigações da Delegacia Geral e da Delegacia de Homicídios e seus respectivos distritos.