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Congresso dos Estados Unidos aprova Orçamento para reabrir governo

Washington

por Agência EFE

(Foto: Reprodução)

O Congresso dos Estados Unidos aprovou hoje (9), com o voto de ambas as câmaras, o projeto de Orçamento que permitirá nas próximas horas a reabertura do governo, em fechamento parcial administrativo desde a meia-noite de ontem (8). A informação é da agência EFE.

O projeto precisa agora da assinatura do presidente Donald Trump para tornar efetiva a reabertura administrativa.

A Câmara de Representantes (deputados) aprovou as contas com 240 votos a favor e 186 contra por volta das 5h30 (horário local, 8h30 em Brasília) depois de o Senado ter feito o mesmo com 71 votos favoráveis e 28 contrários às 2h (5h em Brasília).

As votações da madrugada não estavam na agenda dos republicanos e democratas nem da Casa Branca, que pretendiam aprovar o Orçamento na quinta-feira para evitar um novo fechamento administrativo à meia-noite, quando os fundos se esgotariam.

No entanto, o senador republicano Rand Paul bloqueou a votação com tecnicismos, causando o fechamento.

Paul, um libertário, mostrou assim sua oposição a um Orçamento que eleva significativamente a gasto público e o teto de endividamento.

“Com toda honestidade, de boa fé, não posso simplesmente olhar para outro lado agora que meu partido é cúmplice do déficit”, afirmou Paul em discurso no Senado.

“Quando os republicanos estão no comando, não há um partido conservador. Muitos dos chamados conservadores perdem a cabeça”, – acrescentou.

Com o bloqueio submetido ao Congresso, cerca de 1 milhão de funcionários públicos foram dormir na quinta-feira sem saber se hoje teriam que comparecer aos seus postos de trabalho ou ficar em casa.

O Congresso, apesar disso, conseguiu aprovar as contas antes de a maior parte do aparelho público funcionar de manhã.

Este Orçamento para dois anos foi aprovado com o apoio de um significativo número de democratas, que renunciaram assim ao que tinha sido sua principal condição nas negociações: a regularização de cerca de 800 mil jovens imigrantes ilegais denominados dreamers ou sonhadores.