/TJRJ extingue ação contra pastora acusada de homofobia: “Pregou a Palavra”

TJRJ extingue ação contra pastora acusada de homofobia: “Pregou a Palavra”

Redação A Hora News

Legenda: A pastora da Sara Nossa Terra quase foi presa por pregar a Bíblia | Foto: Reprodução Internet

Em agosto deste ano, durante culto da Igreja Sara Nossa Terra de Nova Friburgo (RJ), a pastora Karla Cordeiro afirmou: “É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha, desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová Nissi. É Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira”.

E ela ainda continuou: “Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay, para! Posta palavra de Deus que transforma vidas. Vira crente, se transforma, se converta!”

Por essas falas, ela foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pelos crimes de racismo e homofobia. A defesa da pastora entrou com pedido de habeas corpus que foi julgado no começo de dezembro pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que, por unanimidade, extinguiu a denúncia contra a pastora.

Com relatoria do desembargador Paulo Rangel, ficou entendi que a pastora estava com seu direito de opinião e liberdade de culto preservados, uma vez que ela falava de acordo com a Bíblia.

“A paciente pregou a palavra de Deus com base no livro Santo e Sagrado de todos os Cristãos: a Bíblia. (…) Não comete crime quem, em pleno exercício de sua religião, clama pelos ensinamentos de Cristo, sem ofensa a qualquer minoria. O que se quer é obrigar a paciente a rasgar a Bíblia e a aceitar o homossexualismo”, declarou o desembargador.

Rangel disse ainda que “a prática do homossexualismo (sic) e demais atos citados na passagem Bíblica e tidos como pecados não são inventados pela pastora. (…) Querer que ela defenda algo diferente do que está na Bíblia é cercear a liberdade de culto dela”.

No relatório, o desembargador lamentou ainda que hoje “tudo virou crime” e que “a pessoa que não é politicamente correta já é considerada criminosa”.