Redação A Hora News
(Foto: Sérgio Queiroz assume Secretaria de Proteção Global posa ao lado da ministra Damares Alves/ Foto: Ascom MMFDH/Luiz Alves)
O pastor Sérgio Queiroz, de uma igreja batista na Paraíba, foi escolhido para secretário da Secretaria de Proteção Global pela ministra Damares Alves.
A secretaria, antes chamada de Secretaria da Cidadania, tem, entre outros trabalhos, cuidar e zelar pelos direitos civis da comunidade LGBT.
Por conta de sua religião, ele foi questionado em entrevista ao portal Universa, do UOL, se ele usaria sua fé para impedir os direitos desse público.
“É como digo: por que não posso ser como Martin Luther King? Ele era batista, da mesma denominação da qual faço parte. Foi, talvez, o que mais fez pelos direitos civis e da população negra. Para mim, o Estado é o Estado, a Igreja é a Igreja e a família é a família e não pode haver intervenções”, declarou.
Queiroz é graduado em Engenharia Civil, bacharel em Direito, mestre em Filosofia e servidor público há 25 anos. Assim como Damares, já está sofrendo ataques por conta de sua crença religiosa.
“Ninguém questiona a religião de outros ministros que passaram por aqui; alguns de matrizes africanas ou ateus. O Brasil precisa evoluir nessa concepção”, disse.
O pastor revelou que defende os direitos civis da comunidade LGBT, tanto que já fez campanhas para a proteção de travestis e chegou a fretar uma van com LGBTs que eles ajudavam para participarem de uma festa de aniversário.
Ele afirmou também que o governo de Jair Bolsonaro não irá extinguir a diretoria voltada para o tema, como disseram os boatos pelas redes sociais.
“Nós mantivemos a exata estrutura que herdamos dos governos anteriores. Todos os cargos e programas foram mantidos. Casais LGBTs, no fim do ano passado, correram para antecipar casamentos, temendo que o governo Bolsonaro proibisse o casamento civil e união estável entre eles. Existe este risco? Não. Nada vai mudar. O governo não vai mexer em direitos que já foram adquiridos, seja na Legislação, na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou em entendimentos do Conselho Nacional de Justiça”, garante.