Cairo
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al Thani, enviou uma carta ao secretário-geral do GCC, Abdul Latif Bin Rashid Al Zayani, definindo as exigências para o seu país não se retirar do bloco econômico.
Al Thani disse que o Catar está comprometido com as leis e convenções internacionais, especialmente no que se refere à luta contra o terrorismo e o seu financiamento, acrescentando que o país não negociará a sua soberania.
Prazo
Ele disse que o Catar daria uma notificação de três dias aos países do Golfo para levantar o “cerco” imposto ao país e compensá-lo pelas perdas políticas e econômicas. Após o prazo, o Catar anunciará oficialmente a sua retirada do GCC, de acordo com a carta.
A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito emitiram uma lista de 13 exigências para o Catar no final do mês passado, incluindo o encerramento da emissora de TV Al-Jazeera, o financiamento e o apoio ao terrorismo, e o corte dos seus laços com o Irã, como principais condições prévias.
Além disso, os quatro países se comprometeram a adotar novos passos políticos, econômicos e legais para agravar as sanções contra o governo de Doha, depois que este se recusou a aceitar as exigências.
Em resposta, o Catar disse que as acusações do bloco de que apoia o terrorismo são “sem fundamento” e interferem em seus assuntos internos.
Novo encontro
O governo dos quatro países que acusam o Catar agendaram outra reunião de seus ministros das Relações Exteriores, a ser realizada no Bahrein, em breve, para discutir os próximos passos. Reunião semelhante já havia sido realizada no Cairo, Egito, em 5 de julho.
Tem havido especulações de que a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein tencionam expulsar o Catar do grupo de países que compõem o Conselho de Cooperação do Golfo ou até comprometer a sua adesão à Liga Árabe.