/SOS BebedouroMoradores de Bebedouro protestam contra a Braskem e exigem indenizações já

SOS BebedouroMoradores de Bebedouro protestam contra a Braskem e exigem indenizações já

por Ascom SOS Bebedouro

Foto: Divulgação

Na manhã desta sexta-feira (28), os movimentos em defesa dos moradores do bairro liderados pelo SOS Bebedouro promoveram uma manifestação no portão principal da fábrica da Braskem, no Pontal da Barra, cobrando celeridade nas indenizações e exigindo a avaliação e a definição da data de pagamento combinada no momento das desocupações dos imóveis atingidos pelo desastre geológico provocado pela mineradora.

Após a concentração na praça Lucena Maranhão, em Bebedouro, os moradores seguiram de carro e ônibus em carreata até a porta da fábrica, na praia do Sobral, onde o ato foi realizado. Apesar de pacífico, durante a manifestação, organizadores e moradores vítimas da Braskem externaram revolta e cobraram seus direitos numa só voz, exigindo respeito e agilidade no processo que vem abalando a autoestima e a saúde de muita gente.

Moradores que vivem há mais de 40 anos no bairro, a exemplo de seu Expedito, muito emocionado e em lágrimas, acusou a Braskem pelo estado em que se encontra. “Eu estou nessa situação por causa deles, desde um dia em que as máquinas deles funcionaram lá durante um estudo, o chão e as paredes da minha casa tremeram, por isso fiquei assim doente”, disse chorando seu Expedito.

Seu Expedito responsabiliza Braskem por sua doença

Outro morador do bairro, Marco Braga, avisa que cobra apenas que se faça justiça. “Nós queremos sair das nossas casas sabendo quanto e quando vamos receber. Essa é a maior reivindicação, não só nossa, mas de todos moradores das áreas atingidas, porque a nossa manifestação é em comum a todos os afetados”, informou Marco que é um dos organizadores do SOS Bebedouro, ressaltando também que a luta é pela inclusão de áreas que estão dentro “arco”, para o mapa verde claro.

Marco Braga cobra agilidade no processo

Jorge VI, um dos mais de 40 mil moradores, também vítima da Braskem, reforçou as reivindicações dos conterrâneos e aproveitou para avisar aos moradores do Flexal, que todos fazem parte do grande Bebedouro.  “Eu recebi uma mensagem de uma pessoa de lá dizendo que o povo do Flexal está esquecido nesse caso. Não está, o Bebedouro é um só. Agora, cabe também as pessoas se organizarem e chegarem junto. Senão essas comunidades podem ficar isoladas num futuro próximo. Então temos incluir tanto o Flexal de Baixo como o de Cima nessas áreas, porque a gente é solidário com todos moradores que ainda não estão na área verde clara, e quem está na verde escura estamos lutando e, também, por quem está no mapa e não tem cor nenhuma estamos juntos”, informou.