Redação A Hora News

O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, e o arcebispo de York John Sentamu pediram desculpas por um decreto da Igreja da Inglaterra que dizia que apenas casais heterossexuais deveriam fazer sexo e que sexo em parcerias civis gays ou heterossexuais “fica aquém do propósito de Deus para os seres humanos”.

“Nós, como arcebispos, ao lado dos bispos da Igreja da Inglaterra, pedimos desculpas e assumimos a responsabilidade de divulgar uma declaração na semana passada, que reconhecemos ter comprometido a confiança”, disseram os arcebispos em comunicado, segundo o Belfast Telegraph.

Na semana passada, a Casa dos Bispos da Igreja da Inglaterra emitiu uma orientação pastoral , que dizia: “Para os cristãos, o casamento – isto é, a união vitalícia entre um homem e uma mulher, contratada com a realização de votos – permanece o contexto apropriado para atividade sexual.”

A orientação foi emitida em resposta à recente introdução de parcerias civis entre homens e mulheres pelo parlamento do Reino Unido para abrir a instituição a casais heterossexuais.

A igreja “procura manter esse padrão” em sua abordagem às parcerias civis e “afirmar o valor de amizades comprometidas e sexualmente abstinentes” nessas parcerias, segundo a orientação. “A introdução do casamento entre pessoas do mesmo sexo, através da Lei de Casamento (casais do mesmo sexo) de 2013, não mudou os ensinamentos da igreja sobre casamento ou relações entre pessoas do mesmo sexo.”

Acrescentou: “Os relacionamentos sexuais fora do casamento heterossexual são considerados insuficientes para o propósito de Deus para os seres humanos”.

A Igreja da Inglaterra explicou que, embora “muitas das disposições da legislação sobre parcerias civis sejam, no entanto, semelhantes ou idênticas às da lei do casamento”, o compromisso em uma parceria civil é diferente do de um casamento. “Em particular, [parcerias civis] não se baseiam na intenção de se envolver em um relacionamento sexual.”

Após a orientação, algumas figuras anglicanas importantes escreveram uma carta aberta aos arcebispos, alertando que a denominação havia se tornado “motivo de piada para uma nação que acredita estar obcecada por sexo”, segundo o The Telegraph.