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Câncer de próstata tem cura quando diagnosticado no início; Não tenha medo do exame

Por Leiliane Lopes

(Foto: Pixabay)

No mês de novembro acontece a campanha mundial batizada de “Novembro Azul”, promovendo a conscientização sobre o câncer de próstata. A doença atinge homens de diferentes idades e, quando diagnosticada no início, tem altas chances de cura.

O medo do exame de toque, porém, é o maior empecilho para que a doença seja diagnosticada precocemente e por conta deste preconceito muitos descobrem a doença em estágio avançado.

Segundo uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia, 76% dos brasileiros sabem que devem fazer o exame, mas apenas 32% deles já tinham realizado. A pesquisa também mostrou que os homens não procuram pelo urologista com frequência, principalmente no Nordeste onde apenas 36% dos homens entrevistados já tinham se consultado com este especialista.

“O câncer de próstata não apresenta nenhum sintoma no início, o que torna a doença muito perigosa. O paciente deve sempre realizar a avaliação preventiva com exame de sangue PSA e exame de toque retal. Apenas em um estágio mais avançado pode causar sintomas de compressão da uretra, sangramento na urina e dor nos ossos”, declara o Dr. Marcos Tobias Machado, responsável pelo setor de cirurgia robótica urológica no Hospital Brasil e rede D’Or em São Paulo.

Se durante o exame de toque retal foi identificado alguma anormalidade, outros exames poderão ser sugeridos para confirmar se há ou não câncer. O único exame capaz de identificar o tumor é a biopsia da próstata, por isso, a importância de conscientizar os homens da importância de realizar os exames. Dr. Marcos Tobias conta que é necessário fazer a ressonância magnética, tomografia e cintilografia dos ossos, para entender a extensão da doença, caso o tumor seja identificado.

“A partir destes dados, associados ao treinamento dos profissionais envolvidos, da tecnologia disponível, da avaliação do estado global de saúde e da preferência do cirurgião, o paciente é informado sobre as opções e ajuda na tomada de decisão final sobre o tratamento elegido”, detalha o médico.

Por isso, é preciso se livrar do medo do exame e procurar ajuda médica para descartar a doença, sobretudo homens com mais de 40 anos. “Este assunto ainda é um tabu pra homem, que normalmente se ocupa com o trabalho e não vai ao médico para prevenção. Outro fator negativo é o receio do exame de toque retal, o que com o passar dos anos e com uma boa explicação normalmente não tem sido um obstáculo à prevenção. Todo o esforço deve ser concentrado em trazer o homem para o consultório”, diz o especialista.