/Câmara faz homenagem a engenheiro Abel Galindo e empresário Ronaldo Oliveira

Câmara faz homenagem a engenheiro Abel Galindo e empresário Ronaldo Oliveira

Além das contribuições a Maceió em suas áreas profissionais, homenageados têm em comum projeto educacional na região da Lagoa Mundaú

por Dicom/CMM

Foto: Pedro San

A Câmara Municipal de Maceió homenageou o engenheiro Abel Galindo, com a Comenda Desembargador Mário Guimarães, e concedeu ao empresário Ronaldo Oliveira o Título de Cidadão Honorário de Maceió, em sessão solene nesta segunda-feira (03).

As honrarias foram propostas pelo vereador Chico Filho, devido às contribuições de ambos ao município e por manterem o Instituto Cidadão Lagoa Mundaú, um projeto educacional com 27 anos de existência, voltado às crianças do Bom Parto e região.

Ronaldo Oliveira, atual presidente da instituição, é também proprietário e fundador da Casa das Tintas, empresa com 40 anos de atuação em Maceió e oito lojas no estado de Alagoas. No Instituto Lagoa Mundaú, trabalha a educação em tempo integral com 150 meninos e meninas.

Abel Galindo, também homenageado, é professor da Ufal e uma das mais importantes vozes em defesa das vítimas do afundamento de solo provocado pela mineração da Braskem. Ele identificou problemas em imóveis no bairro Pinheiro ainda em 2007 e, após o tremor de terra registrado em Maceió no ano de 2018, foi o primeiro a apontar a empresa como causadora. Na área social, foi um dos fundadores do Instituto Lagoa Mundaú junto a empresários da capital.

Para Chico Filho, o reconhecimento a Ronaldo como cidadão de Maceió se dá pela trajetória do empresário, gerando emprego e mudando vidas nos dois segmentos em que atua. “Quantas pessoas o senhor Ronaldo não teve a oportunidade de empregar, em oportunizar que elas pudessem mudar sua vida? Para mim é uma grata satisfação tê-lo como irmão maceioense, como pessoa que fez, faz e tenho certeza que fará muito mais pela cidade. Ele é muito merecedor desse título”, declarou.

Sobre Abel Galindo, o vereador destacou o papel fundamental do engenheiro na indenização dos moradores atingidos pelo desastre da mineração. Chico lembrou que muitos chegaram a duvidar das conclusões apresentadas por Galindo sobre o afundamento, mas passados alguns anos ficou comprovada a relação da Braskem com o problema. Além disso, ressaltou o importante trabalho social conduzido na região lagunar.

“Se não tivesse a estatura, a musculatura de respeito que tinha o professor Abel, ele teria sido aniquilado da sociedade alagoana. Porque um homem só em Maceió levantou a voz contra a Braskem naquele momento: foi o professor Abel. Se as pessoas receberam alguma indenização, foi graças à atuação dele, que foi quem primeiro colocou o dedo na ferida. E foi nesse mesmo período que eu conheci o Instituto, e conheci uma pessoa amável, carinhosa e atenciosa com os seus, que abriu mão do seu patrimônio e um pouco do seu tempo para se dedicar a ajudar as crianças do nosso Bom Parto”, elogiou.

Para Ronaldo Oliveira, morador de Maceió há 40 anos, receber o Título de Cidadão de Maceió é motivo de orgulho e muita alegria. Ele considera que as contribuições que teve à cidade foram, na verdade, uma retribuição.

“Acho que na vida você deve sempre retribuir pelo menos uma parte daquilo que você recebe. Então o povo de Maceió sempre foi muito receptivo conosco. Eu me sinto alagoano, me sinto maceioense com muito orgulho. Toda minha família adora Maceió, é uma cidade próspera, linda, onde fomos muito bem recebidos, e uma forma de a gente retribuir parte disso é participar do Instituto Cidadão Lagoa Mundaú”, pontuou.

Abel Galindo, que recebeu a Comenda Mário Guimarães, disse que se considera honrado com o reconhecimento na área de engenharia, mas principalmente na área social. Ele lembra que muitas crianças, hoje já adultos, conseguiram melhorar de vida graças ao acesso ao ensino de qualidade no Instituto Lagoa Mundaú.

“É você sentir que o seu trabalho, mesmo sem nunca ter pensado nisso, está sendo reconhecido sem você pedir a ninguém que reconheça. Dizem as boas línguas que, na maioria dos edifícios de Maceió, eu fui o autor do projeto da base da sustentação, e o que essas boas línguas dizem é verdade. Por outro lado, eu tive uma grande felicidade, uma inspiração, para que eu construísse uma escola no galpão da minha empresa e foi onde conheci o Chico e, graças a ele, a escola está recebendo uma boa ajuda do poder público e essas crianças estão muito bem encaminhadas. Isso é o mais gratificante”, declarou.