por redação
Imagem: Internet
Começa nesta terça-feira (2), o julgamento dos indiciados no denominado golpe para evitar a posse do atual presidente. Os meios de comunicação do mundo inteiro estarão atentos no que ocorrerá, no que se prevê, em uma semana de trabalhos.
Nessas audiências, diferente de outras não estão em pauta: Corrupção ativa ou passiva, desvio de recursos públicos, uso de armamentos para o denominado golpe civil, pois não houve militares nas ações do 8 de janeiro de 2023.
O processo foi construído em narrativas depois da localização de uma minuta a quem se atribuiu a intenção de golpe. Sem assinatura, consequentemente sem envio para o Congresso Nacional e sem nenhum anúncio antes, durante ou depois do oito de janeiro. As oitivas foram conclusivas para formalização de um processo que consubstancialme se aponta para justificativas de uma trama ainda em 2022 que visava impedir a posse do presidente eleito, no pleito daquele ano.
Não levou-se em consideração que o presidente Bolsonaro, definiu uma equipe do seu governo para transição em comum acordo com a equipe indicada pelo presidente Lula.
O ainda presidente, um mês antes, passou o cargo para o vice e viajou para os EUA. Enquanto isso, populares faziam vigílias nas portas dos quartéis do Exército insinuando que o poder militar devia agir de alguma forma. Nada ficava claro sobre as intenções dessa permanência de pessoas que se revezavam e, de maneira pacífica e ordeira, faziam uma mobilização em todos os estados.
Sem líder, sem armas, sem notas e sem clareza do que queriam estavam ali dia e noite a espera de algum fato novo.
Após o retorno do ex-presidente ao Brasil e na prisão do seu ex-chefe de ordens, coronel Mauro Cid, a Polícia Federal encontrou a justificativa do atual julgamento que foi denominado de ‘a minuta do golpe’.
Desde então, o Supremo Tribunal Federal (STF) assumiu o processo que está tramitando e é contestado pelo ex- ministro Marco Aurélio, afirmando que tal ação investigativa não cabe ao STF.
Os dois lados, e quem é isento da política partidária ou ideológica, emitem seus pareceres, mas a histórica no futuro dirá quem tem razão. Para o procurador Geral da República o ex-presidente armou todo o cenário para permanecer no poder e esta é a justificativa que será tema de julgamento histórico.
Muitos presos, julgados e condenados pelo 8 de janeiro, poderão ter a companhia dos que agora terão sua penas definidas ou, se provada a inocência, serem absolvidos.