Redação A Hora News
Legenda: Os parlamentares avaliaram ainda que lockdown é uma medida extrema | Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP–AL), opuseram-se a medidas de fechamento total do comércio, tomadas sem considerar as realidades locais e os cuidados preventivos oferecidos pelas empresas. Os parlamentares, recém-eleitos para mandatos de dois anos no Congresso Nacional, participaram do seminário “E agora, Brasil?”, realizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico e patrocinado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Sabatinados pelos jornalistas Miriam Leitão, colunista do jornal O Globo, e Cristiano Romero, diretor adjunto de redação e colunista do Valor Econômico, os presidentes defenderam que as medidas de restrição, quando necessárias, devem ser tomadas em nível regional, avaliando os critérios de estrutura de saúde de cada localidade. Os parlamentares avaliaram ainda que lockdown é uma medida extrema e que deve ser analisado um caminho equilibrado para a contenção de mortes e contágios durante a pandemia.
“Todos os extremos, neste momento, são muito complicados. Você defender um lockdown geral no País não é absolutamente igual para todas as regiões do Brasil e também descartar a possibilidade de algum lockdown ou de alguma medida mais restritiva numa cidade ou região que esteja passando um momento de mais dificuldade também não é conveniente”, afirmou Lira.
Na mesma linha, o senador Rodrigo Pacheco avaliou que, após um ano de pandemia, o setor terciário mostrou que pode funcionar, tomando as medidas sanitárias corretas, e afirmou que um fechamento total não é racional. “Não me parece razoável, todo mundo sabe o que deve fazer, os bares, restaurantes colocarem mesas mais afastadas, tem álcool em gel nos estabelecimentos”, afirmou o senador.
Pacheco ainda ressaltou o que considera ser o maior problema atual. “É preciso combater aglomerações em locais públicos, festas clandestinas. Para além de exemplos públicos não adequados, a população sabe o que deve ser feito. Todo mundo sabe que precisa usar máscara, manter distanciamento”, reiterou.
Fonte: CNC