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Deputados questionam secretários e elogiam atuação do Estado durante a pandemia

por Comunicação/ALE

Durante a audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização e Controle (CFC), nesta quinta-feira, 10, para prestação de contas das ações do Governo no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os deputados tiveram oportunidade de questionar os secretários Alexandre Ayres (da Secretaria da Saúde) e Fabrício Marques (da Secretaria de Planejamento) sobre o trabalho realizado durante os seis meses de enfrentamento à doença, que já atingiu mais de 81 mil pessoas no Estado e tirou a vida de mais 1.940 alagoanos. Além dos questionamentos, os parlamentares também parabenizaram a atuação dos gestores durante o período.

O deputado Silvio Camelo (PV), que foi o autor do requerimento de convite aos gestores e conduziu os trabalhos da plenária, agradeceu a presença dos secretários e o empenho dos mesmos na condução das ações de combate à pandemia. “Infelizmente, o mundo não estava preparado para o enfrentamento desta catástrofe. Só podemos creditar a Deus a iniciativa do Estado de construir esses hospitais. Isso foi uma ideia divina, porque salvou centenas de vidas”, avaliou Camelo. “Não tivemos falta de atendimento à população, nem de remédios ou de equipamentos. Não tivemos falta de profissionais de saúde. O Governo do Estado está de parabéns por enfrentar a mais grave pandemia dos últimos 100 anos!”, completou Camelo.

O deputado Cabo Bebeto (PTC) relatou suas visitas aos hospitais de Campanha e Metropolitano, com o intuito de fiscalizar a infraestrutura dos mesmos, no entanto, não teve permissão para entrar em todas as áreas de um deles. “Fiz a visita acompanhado do secretário Alexandre Ayres, mas infelizmente não tive acesso a toda estrutura do Hospital de Campanha para conhecer os leitos, mas consegui conhecer boa parte daquele serviço e vi toda a estrutura que o Estado montou”, contou o parlamentar, destacando a importância do equipamento para os alagoanos.

Outro que participou da audiência foi o deputado Galba Novaes (MDB). Ele aproveitou o momento para testemunhar os avanços das ações do Governo no combate á pandemia. “Nós temos hoje a unidade de saúde mais moderna do Estado implantada no bairro do Tabuleiro do Martins: a UPA. É um avanço grande. São essas políticas públicas que o Governo tem proporcionado a quem mais precisa”, declarou o parlamentar, citando ainda como exemplo o Hospital Metropolitano, também sediado na parte alta da cidade.

O presidente da Comissão de Saúde da Casa, deputado Léo Loureiro (PP), destacou a forma organizada como a Sesau vem atuando durante a crise. “O segmento da Saúde conseguiu juntar as peças para que Alagoas pudesse fazer um trabalho organizado e sistemático dentro de uma pandemia”, ressaltou Loureiro, destacando o empenho da equipe da Saúde do Estado.

Na sequência, o deputado Marcelo Beltrão (MDB) também elogiou o desempenho da Secretaria de Saúde. Ele lembrou que todas as medidas de prevenção e protocolos foram delegadas aos técnicos da pasta. “O coronavírus é ainda completamente desconhecido. O mundo todo trabalha na descoberta de uma vacina. E nós estamos atravessando essa grande dificuldade em Alagoas, perdendo vidas de pessoas próximas, mas, acima de tudo, me senti protegido pelas atitudes tomadas pelo Governo”, disse Beltrão, lembrando que o decreto de emergência de isolamento social, apesar de aparentemente duro, teria sido a decisão correta.

Questionamentos
Os questionamentos ficaram a cargo do deputado Davi Maia (DEM). Este, mesmo reconhecendo a boa condução dos trabalhos realizados pela Sesau e Seplag, criticou algumas atitudes do governador Renan Filho e cobrou dos secretários Alexandre Ayres e Fabrício Marques, entre outras questões, os valores repassados pelo Governo Federal, o quanto foi gasto e o quanto ainda resta em caixa dos recursos exclusivos para o combate ao coronavírus; quais os motivos que levaram o Governo a não comprar respiradores; e também sobre o montante de R$ 5, 3 milhões repassados ao Consórcio Nordeste para a aquisição de respiradores e que ainda não foram devolvidos pela entidade, além de questões relacionadas a denúncias de nepotismo no Laboratório Central de Alagoas (Lacen).

Os deputados Yvan Beltrão (PSD), Inácio Loiola (PDT), Dudu Ronalsa (PSDB), Francisco Tenório (PMN), Breno Albuquerque (PRTB), e as deputadas Jó Pereira (MDB), Flávia Cavalcante (PRTB) e Ângela Garrote (PP) também estiveram presentes na audiência pública, que contou com a presença do secretário Executivo de Saúde, Marcos Ramalho; do responsável pelo curso de Medicina do Cesmac, Estácio Valente; do ex-vereador Pedro Alves e do assessor assistente, Estácio Filho.© Marcello Casal JrAgência Brasil
Política
Ministra diz que governo tomou medidas para controlar preço do arroz
Tereza Cristina garantiu abastecimento do produto nas prateleiras
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Publicado em 10/09/2020 – 17:30 Por Pedro Rafael Vilela* – Repórter da Agência Brasil – Brasília
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou hoje (10) que o governo tomou as medidas necessárias para tentar conter a alta no preço do arroz e evitar um desabastecimento do produto nas prateleiras dos supermercados.

“As medidas que podiam ser tomadas, foram tomadas, para fazer a estabilidade e o equilíbrio para esse produto”, disse em um vídeo publicado em suas redes sociais.

“O Brasil abriu mão, tirou a alíquota de importação, para que produto de fora pudesse entrar e trazer um equilíbrio para os preços. Abrimos somente uma cota, porque não temos necessidade de muito arroz, mas isso é uma cota de reserva, para que possamos ter a tranquilidade de que o preço vai voltar, vai ser equilibrado, e que o produto continuará na gôndola para todos os brasileiros”, acrescentou.

Taxa de importação
Ontem (9), a Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério da Economia, decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado. A isenção tarifária valerá até 31 de dezembro deste ano.

arroz
Desde o início do ano, o preço do arroz acumula alta de mais de 21,2% nas prateleiras, segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas). – Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A redução temporária está restrita à cota de 400 mil toneladas, incidente sobre o arroz com casca não parbolizado e arroz semibranqueado ou branqueado, não parbolizado, de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

Até então, a Tarifa Externa Comum (TEC) aplicada sobre o produto era de 12%, para o arroz beneficiado, e 10% para o arroz em casca, válida apenas para países de fora do Mercosul. Dentro do bloco econômico regional, que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, a tarifa é de importação já é zero.

Tailândia e EUA
Mais cedo, em um entrevista para a Rádio Gaúcha, Teresa Cristina comentou que a maior parte do arroz que será importado sem tarifa deve vir da Tailândia e dos Estados Unidos, que produzem o mesmo tipo de produto consumido no Brasil.

Ainda segundo a ministra, no vídeo divulgado em suas redes sociais, o preço do arroz nos últimos anos vinha abaixo do que seria seu valor de mercado, por causa de uma queda na produção que afetou o tamanho da área produzida no país.

“No passado, o arroz teve um preço muito baixo, durante muitos anos. Nós tivemos uma queda na área de produção e o arroz, então, hoje, tem um preço mais alto. Mas ele está na prateleira, vai continuar nas prateleiras”, afirmou.

Alta nos preços
Desde o início do ano, o preço do arroz acumula alta de mais de 21,2% nas prateleiras, segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas).

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), o preço da saca de 50 kg de arroz, vendido pelo produtor, variou mais de 107% nos últimos 12 meses, chegando próximo a R$ 100.

Os motivos para a alta são uma combinação da valorização do dólar frente ao real, o aumento da exportação e a queda na safra. Em alguns supermercados, o produto, que custava cerca de R$ 15, no pacote de 5 kg, está sendo vendido por até R$ 40.

*Com informações da Reuters