Redação A Hora News
Legenda: AMB diz que impedir o médico de prescrever um medicamento vai contra a Declaração de Helsinque | Foto: Pixabay
A Associação Médica Brasileira (AMB) emitiu uma nota defendendo a autonomia do médico para receitar o tratamento que julgar necessário no combate ao novo coronavírus.
A nota fala sobre a hidroxocloroquina, medicamento que ainda não tem estudos robustos que comprovem sua eficácia para conter a doença.
Ainda segundo a entidade, a discussão sobre o assunto passa não apenas pelo “campo técnico-científico”, mas pelo “campo político/ideológico/partidário”.
“É bastante provável que cheguemos ao final da pandemia sem evidências consistentes sobre tratamentos. E também sobre diversos outros aspectos próprios de uma nova enfermidade. Pois estudos adequados e robustos são caros e demorados. E estamos falando de uma medicação barata, que, portanto, não tem, nem terá financiamento da indústria que suporte os investimentos necessários para minimizar as incertezas”, diz a nota.
O texto continua: “O derby político em torno da hidroxicloroquina deixará um legado sombrio para a medicina brasileira, caso a autonomia do médico seja restringida, como querem os que pregam a proibição da prescrição da hidroxicloroquina”.
Impedir que o médico faça a prescrição de um medicamento vai contra a própria Declaração de Helsinque e é sobre isso que a AMB questiona.
“A AMB é signatária da Declaração de Helsinque, da WMA, juntamente com associações médicas de centenas de países. E tem o compromisso de defender a preservação da autonomia do médico. Também defenderá o Parecer 4/2020 do Conselho Federal de Medicina, que disciplina o assunto”.
Leia a nota completa aqui.