Tarcísio Silva é dono da empresa de turismo Simbora Vip Tur, que contratou o catamarã Tô à Toa Receptivo para navegar pela regiãoa Redacão com internet
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a embarcação colidiu contra uma pedra, o que causou o naufrágio nesse sábado – Foto: Reprodução/Corpo de Bombeiros/AL
O filho de uma das vítimas do naufrágio de um catamarã em Maragogi, em Alagoas, era o dono da agência de turismo que vendeu os pacotes para o passeio. Tarcísio Silva contratou a embarcação Tô à Toa Receptivo para levar o restante da família e cerca de 50 pessoas para conhecer a região neste sábado (27). As informações são do portal UOL.
Lucimar Gomes da Silva, de 68 anos, mãe de Tarcísio, morreu após a embarcação virar. O acidente também matou Maria de Fátima Façanha, 65 anos. O catamarã levava 60 pessoas, sendo quatro crianças e seis tripulantes.
Esse era o segundo passeio da empresa de turismo de Tarcísio, a Simbora Vip Tur, com a embarcação. A Secretaria de Meio Ambiente de Maragogi informou, no entanto, que o catamarã não tinha autorização para fazer passeios, e os responsáveis foram autuados por não ter licença concedida pela prefeitura e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

“Não sabíamos que o barco era irregular. Estamos surpresos com a informação, pois esse catamarã faz passeios rotineiramente. Têm funcionários deles na rua abordando turistas, igual como foi conosco a primeira vez”, diz. “Vendemos a viagem com o passeio incluso. O grupo estava ansioso para fazer o mergulho e nunca que soubemos que o serviço era irregular. Eles têm sede, estão na rua vendendo para todo mundo, abordando turistas na rua. Dessa forma, a gente acreditava que era tudo regularizado. Peço que as autoridades nos ajudem, pois fomos vítimas. Era um passeio entre amigos, em família. Não íamos arriscar vidas, perdi minha mãe”, afirma.
Nota de Esclarecimento
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Maragogi vem a público esclarecer que o naufrágio de uma embarcação neste sábado (27), que provocou o óbito de duas pessoas, ocorreu em local cuja visitação não era permitida, tendo o proprietário do catamarã que afundou sido autuado por esta Secretaria em virtude dos passeios clandestinos que realizou mas que, ainda assim, de forma reincidente, desobedecendo dispositivos legais, insistiu em prosseguir ignorando até mesmo o Ministério Público.
Ao tempo em que externamos as nossas sinceras condolências às famílias vítimas desta lamentável tragédia, continuaremos na persecução em buscar os responsáveis pelo lamentável ocorrido e responsabilizá-los administrativamente na forma da lei, sem prejuízo das ações criminais que deverão enfrentar na esfera judicial.