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Obras de saneamento vão dobrar rede de esgotamento sanitário de Maceió

Contratos de financiamento foram assinados pelo governador Renan Filho, nesta segunda-feira (7)

por Severino Carvalho – Agência Alagoas

(Governador Renan Filho assina os contratos de financiamento com o Banco do Nordeste (BNB) para o repasse de recursos aos consórcios da Parceria Público-Privada (PPP) – Foto: Márcio Ferreira)

Em um ano e meio, Maceió terá sua capacidade de coleta e de tratamento do esgoto sanitário dobrada com as obras de ampliação executadas pelos consórcios Sanama e Sanema. Para dar continuidade aos serviços e garantir a conclusão, o governador Renan Filho assinou, na manhã desta segunda-feira (7), durante cerimônia no Palácio República dos Palmares, os contratos de financiamento com o Banco do Nordeste (BNB) para o repasse de recursos aos consórcios da Parceria Público-Privada (PPP) firmada.

Somados, os dois financiamentos passam de R$ 267 milhões. As obras vão beneficiar uma população de mais de 360 mil pessoas da capital. No total, serão investidos R$ 474 milhões. Segundo o governador, esse é o maior investimento da história de Maceió em esgotamento sanitário, feito de uma única vez.

“O mais legal é que isso será feito por meio de Parceria Público-Privada: o Governo simplesmente é o agente, mas o financiamento é do Banco do Nordeste, que financiará diretamente a empresa. Esse é um modelo novo, que eleva a capacidade de investimento do Estado”, observou Renan Filho.

Além do governador, assinaram os contratos de financiamento, o secretário de Estado da Infraestrutura, Fernando Melro Filho, o presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Clécio Falcão, os representantes das empresas e o superintendente do BNB em Alagoas, Pedro Ermírio.

Ele disse que o momento vivido por Alagoas na atualidade é muito positivo e que a solidez fiscal do Estado acaba contribuindo para a consolidação dos negócios. “A confiança que a iniciativa privada tem em Alagoas hoje é levada em consideração na hora de se fazer esses investimentos aqui, então, indiretamente essa solidez fiscal acaba contribuindo para um cenário econômico mais favorável à realização desses negócios”, avaliou o superintendente do BNB.

A Sanama mantém com o Estado, por meio da Casal, um contrato de Parceria Público-Privada para implantação de um sistema de esgotamento sanitário na parte alta de Maceió, incluindo o Tabuleiro do Martins, o Benedito Bentes e bairros adjacentes. As obras já começaram e estão com 12% dos serviços executados, inclusive com a construção da estação de tratamento de esgoto (ETE), situada no Benedito Bentes.

Pelo contrato de financiamento com o BNB, o consórcio Sanama vai receber R$ 134.557.919,61 para dar continuidade às obras. Ao final do projeto, serão beneficiadas com rede coletora e de tratamento de esgoto cerca de 160 mil pessoas da parte alta da capital.

A Sanema, por sua vez, possui com a Casal um contrato de Locação de Ativos e está implantando um sistema de esgotamento sanitário no Farol e bairros vizinhos. A ETE está em andamento, numa área situada por trás do quartel do Exército. Pelo contrato de financiamento, serão repassados pelo BNB: R$ 133.103.563,08. Ao final do empreendimento, cerca de 200 mil pessoas serão beneficiadas. Cerca de 8% dos serviços foram executados até o momento. As obras tocadas pelos consórcios devem ficar prontas em 18 meses.

“Com a conclusão das obras, vamos dobrar o atendimento à população da capital em termos de esgotamento sanitário, saindo do patamar de 35% para 70% da população atendida”, afirmou o presidente da Casal.

Para o governador, as obras vão beneficiar diretamente a saúde pública e a atividade turística. Segundo ele, a meta é expandir o esgotamento sanitário também no interior do Estado, sobretudo nas cidades turísticas.

“Vamos intensificar os trabalhos para que a gente cumpra a agenda do esgotamento sanitário de Maceió e das cidades do interior. Estou muito dedicado a isso e eu sinto que depois de termos avançado no campo da segurança pública, da educação e de estarmos fazendo os maiores investimentos em saúde pública, é fundamental – para aumentar a capacidade de o Estado se desenvolver – a gente resolver esse gargalo da falta de esgotamento sanitário ou a baixa cobertura dele”, avaliou.