Curso ofertado pela Depen, em parceria com a Seris, assegura mais ordem e disciplina nas unidades prisionais de Alagoas
por Mayara Wasty – Agência Alagoas
(Fotos: Jorge Santos)
Investir no desenvolvimento profissional dos agentes penitenciários é uma prática permanente da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris). Qualificações ofertadas, por meio da Escola Penitenciária, otimizam a atuação dos agentes dentro e fora do cárcere. Nesta semana, teve início o Curso de Intervenção Tática em Ambiente Prisional, ministrado por agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), via Ministério da Justiça.
Com carga horária de 24 horas/aula, a capacitação é dividida em aulas teóricas e práticas. Ao todo, seis instrutores se revezam para prestar orientações e instruções aos 30 agentes penitenciários alagoanos. Rodrigo Prado, agente federal de Execução Penal explica a importância do investimento para os servidores. “É preciso qualificar o agente, pois não adianta empregar os melhores recursos materiais e esquecer a parte humana”.
“Com essa capacitação, tentamos elevar o nível do servidor, o que reflete no trabalho-fim aperfeiçoado, dando mais segurança para aplicar os procedimentos internos e enxergar melhor seu papel nas unidades. Além disso, a qualificação gera autoestima no servidor penitenciário, que consegue prestar o melhor serviço dentro da legalidade”, completa Prado.
O agente federal explica ainda que esses treinamentos são aplicados para gerenciar crises e restabelecer a tranquiliadade no cárcere, conforme prevê a Lei de Execução Penal.
“Como é um curso básico, focamos em procedimentos de pequenos conflitos, que são rotineiros nas unidades, e os servidores conseguem resolver mais rapidamente, solucionando e mantendo a ordem e disciplina dentro dos presídios”, comenta.
O gerente da Escola Penitenciária, coronel Clístenes de Omena, também ressalta os benefícios do curso. “Essa parceria com a Escola de Serviços Penais de Brasília atualiza os agentes penitenciários com procedimentos operacionais. É um intercâmbio de informação, no qual buscamos trazer técnicas na área de intervenção tática, buscando absorver o que está sendo praticado nacionalmente”, salienta Omena.
Treinamento
O instrutor e agente federal de Execução Penal, Rodrigo Prado, explica ainda que a ordem e disciplina são fundamentais para garantir os direitos e garantias dos custodiados.
“Para ter algum tipo de atividade laboral nas unidades é preciso primeiro ter segurança. A execução penal atua de forma ampla; não se limita a trancar e destrancar preso. Ela atua na ressocialização, na atividade garantidora dos direitos e dignidade do preso”, finaliza o instrutor.