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Maternidade Santa Mônica inicia abertura dos 26 novos leitos de neonatologia

Em coletiva, Renan Filho anunciou que, na próxima semana, será lançado o Projeto Ponte, que vai ampliar os leitos de retaguarda da rede hospitalar credenciada pelo Estado

por Wedja Santos e Severino Carvalho – Agência Alagoas

(Com a abertura, os dois setores inaugurados em dezembro de 2015 ficarão com 26 leitos cada, totalizando 52 de assistência neonatal – Fotos: André Palmeira)

A Maternidade Escola Santa Mônica, unidade complementar da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), dá início, na próxima segunda-feira (5), à abertura gradativa dos 26 novos leitos de assistência neonatal. Atualmente, a maternidade tem 26 ativos – 11 na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) e 15 da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).

Com a abertura, os dois setores inaugurados em dezembro de 2015 ficarão com 26 leitos cada, totalizando 52 de assistência neonatal do Estado. Em 2017, a Santa Mônica recebeu 1.216 recém-nascidos na UTIN e UCINCo. A expectativa, com a abertura dessas novas unidades, é sanar o déficit de leitos de assistência neonatal no Estado e garantir atendimento a todos que precisarem.

“Quando assumimos o Governo, a Santa Mônica estava fechada havia quatro anos. As mães de Alagoas não tinham a quem recorrer. Aliás, Maceió é a única capital do Brasil que não tem maternidade pública municipal e também não possui hospital de urgência municipal. Nós reabrimos a Santa Mônica, dobramos o número de leitos, entregamos duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e faremos mais duas, além do Hospital da Mulher e o Metropolitano, que estão em obras. Agora, com os novos 26 leitos da Santa Mônica, vamos prestar um serviço ainda melhor”, disse o governador Renan Filho.

De acordo com Antonio Otávio Bento Vianna, diretor-geral da maternidade, na última quarta-feira (28), a Justiça deu um prazo de 45 dias para que todos os leitos estejam funcionando plenamente, devido à necessidade de contratação e treinamento de profissionais, bem como a garantia de fornecimento de insumos, medicamentos e correlatos.

O reitor da Uncisal, Henrique Costa, explicou que todas as pendências referentes à abertura dos novos leitos estão sendo resolvidas, a exemplo da aquisição dos insumos e, também, sobre a contratação dos profissionais. “É um avanço importante na área da saúde em Alagoas; é uma espera que chega ao fim. Os novos leitos estarão preparados para atendimento e, com certeza, vamos prestar um melhor serviço à população”, afirmou Henrique Costa.

A Maternidade

Referência estadual para o atendimento a gestantes e recém-nascidos de alto risco, contando com Unidade de Terapia Intensiva Materna e Neonatal, a Maternidade Escola Santa Mônica desenvolve também atividades interrelacionadas de ensino, pesquisa, extensão e assistência. Sua clientela é totalmente do Sistema Único de Saúde (SUS) constituída de gestantes, recém-nascidos de alto risco e mulheres provenientes de todo Estado de Alagoas, por meio de demanda referenciada pelo Complexo Regulador Assistencial (Cora).

Recentemente, a Santa Mônica passou por avaliação de consultores do Ministério da Saúde, com a finalidade de preparar a maternidade para a certificação como referência do Método Canguru no Estado.

De acordo com Zeni Carvalho Lamy, coordenadora do Projeto de Fortalecimento do Método Canguru do Ministério da Saúde, a Maternidade Santa Mônica tem uma excelente estrutura para acolher o projeto.

“Estamos muito felizes com o que encontramos aqui, e saio com a certeza de que todos querem a certificação e que ninguém teve dúvida de que, no Estado de Alagoas, a Santa Mônica é o lugar para ser a referência”, afirmou o coordenador.

Projeto Ponte

Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (01), no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, o governador Renan Filho anunciou que também, na próxima semana, será lançado o Projeto Ponte, que tem por objetivo ampliar os leitos de retaguarda da rede hospitalar credenciada pelo Estado.

“Serão 127 novos leitos para auxiliar e reduzir o tempo de permanência no HGE. O paciente vai entrar no Hospital Geral do Estado; terá sua situação estabilizada e será transferido para um hospital, onde receberá outros cuidados. Isso vai aumentar a capacidade do HGE de atender as pessoas”, detalhou Renan Filho.