Grupo de pessoas com síndrome de Down e familiares foram recebidos no Circuito Câmara, conhecendo vereadores e o Legislativo
por Dicom/CMM
Foto: Dicom/CMM
“A deficiência não está na pessoa, está nas barreiras que são impostas a essa pessoa”. A declaração é do coordenador da instituição Amor 21, Tony Cabral, que atende famílias de pessoas com síndrome de Down e, nesta quinta-feira (4) esteve na Câmara Municipal de Maceió para participar de uma sessão legislativa.
Um grupo de nove pessoas, acompanhados de mães e pais, conheceu a sede da Casa e os vereadores, com quem puderam conversar sobre o papel do Legislativo e como as duas instituições podem dialogar sobre as necessidades das pessoas com deficiência.
A visita fez parte do programa Circuito Câmara e foi guiada pelo vereador Leonardo Dias, junto à Escola do Legislativo. Para o parlamentar, a atividade consegue dar protagonismo às pessoas com a síndrome e também despertar nelas o interesse pela política. Ele lembrou de como é difícil manter uma entidade sem fins lucrativos e pediu o apoio dos colegas vereadores e da sociedade.
“Hoje, a Câmara tem esse projeto de trazer as pessoas para conhecer a estrutura, o nosso trabalho, e um pouco daquilo que a gente faz. O Amor 21, que conheci há cerca de 4 anos, tem um trabalho sério e eu simplesmente me apaixonei. É uma gratidão muito grande poder colaborar com o trabalho deles, e aqueles que puderem contribuir, que puderem doar, seja em espécie ou até mesmo roupas e sapatos em boas condições, tudo isso é importante para o Amor 21”, reforçou.
O presidente da Câmara, vereador Chico Filho, parabenizou Leonardo Dias pela iniciativa de levar o grupo e destacou o respeito conquistado pela instituição com o trabalho realizado em Maceió. “É um prazer grande estar recebendo vocês. Sejam sempre bem-vindos à nossa Câmara”, ressaltou.
Atualmente, a instituição atende 150 famílias e é custeada por doações e recursos de emendas parlamentares. O coordenador, Tony Cabral, disse que atualmente o Brasil possui uma legislação forte em benefício das pessoas com deficiência, mas ainda é preciso quebrar barreiras e preconceitos.
“Nós somos uma população muito grande. Hoje, no Brasil, quase 10% da população tem deficiência, então a nossa causa é muito grande, e a efetividade dessas leis é a grande dificuldade. Por isso eles precisam estar aqui. Eles são sujeitos de direitos e a Câmara é o local que dá protagonismo a eles, onde estão sendo vistos pela sociedade, estão conhecendo o poder. A gente está muito feliz de estar aqui hoje”, afirmou.
Henrique Rodrigues, 41 anos, possui a síndrome, mas mantém uma rotina de estudos, esportes e também ativismo político. Ele será palestrante no Congresso Brasileiro e Iberoamericano de Síndrome de Down, este mês, em Campinas, onde falará sobre a deficiência e suas perspectivas. “Para mim, é gratificante estar aqui, para poder conhecer os governantes que elaboram as leis com rigor, com determinação e para também conhecer todos eles”, declarou.














