Parlamentares reforçaram importância de medidas conjuntas entre Município, Estado e União para lidar com a situação
por Dicom/CMM
Foto: Pedro Sant
A existência das chamadas cracolândias, que se multiplicam pelas cidades brasileiras, e as ações necessárias para tratar a dependência química foram os temas discutidos na sessão desta quarta-feira (14), na Câmara Municipal de Maceió.
O assunto entrou em debate por conta do esvaziamento da cracolândia de São Paulo, noticiado pela imprensa durante todo o dia, resultado de medidas da Prefeitura Municipal e do Estado, segundo apontaram os vereadores Leonardo Dias e Thiago Prado.
O vereador Leonardo Dias lembrou que Maceió possui áreas similares, como a Praça Sinimbu, no Centro, onde pessoas em situação de rua se reúnem em torno do consumo de álcool e outras drogas. Ele disse que fará uma visita a São Paulo ainda este mês para conhecer as ações que podem ser replicadas na capital alagoana.
“Estamos fazendo um trabalho na Praça Sinimbu para buscar entender as dificuldades que as pessoas enfrentam. E São Paulo tem tido uma abordagem interessante, humana, de dar a possibilidade de as pessoas reconquistarem sua autonomia. Aqui em Maceió, tenho conversado com o secretário de Saúde, Mourinha, sobre o planejamento para conduzir esse trabalho”, explanou.
O vereador Thiago Prado anunciou que o Município de Maceió pretende criar o segundo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), para se somar a outras estratégias de enfrentamento à dependência química.
Ele reforçou a importância do trabalho conjunto entre Município, Estado e União para resolver o problema das drogas e das regiões que se tornaram cracolândias. “Temos que enfrentar com estratégia. Em São Paulo, não foi o ponto final, talvez em ruas adjacentes ainda tenham usuários, mas o fato é que um braço da segurança pública agiu muito bem, junto a um braço da assistência social com a saúde pública. A solução parte da união de todos os entes federativos”, defendeu.
O anúncio do novo Caps AD recebeu uma observação da vereadora Teca Nelma, que cobrou mais investimentos no setor. Ela disse que o equipamento conta com um orçamento baixo e pediu aos vereadores que direcionem mais recursos para saúde e assistência social no orçamento do Município para o próximo ano.