/Médico do Samu orienta sobre quais medidas adotar em casos de choque elétrico

Médico do Samu orienta sobre quais medidas adotar em casos de choque elétrico

Especialistas neste tipo de atendimento, os socorristas desmistificam o assunto

por Neide Brandão / Ascom Samu

Em caso de choque elétrico grave, o Samu deve ser acionado pelo número 192 – Foto:  Laryssa Sátiro / Ascom Samu

Acidentes envolvendo eletricidade podem ocasionar danos diversos. Desde o susto, a queimaduras leves ou complexas e, até mesmo, uma parada cardiorrespiratória, segundo informou o médico socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Marcell Figueiredo. Segundo ele, caso isso ocorra, é necessário acionar os serviços do 192, cujos socorristas são especialistas neste tipo de atendimento.

Mas, afinal, o que fazer em caso de choque elétrico grave? “Primeiramente, se for em residência, não tocar no paciente até se desligar a fonte de energia. Em seguida, o paciente deve ser afastado da fonte de descarga elétrica, por meio de materiais não condutores como um pedaço de madeira. É importante observar se o paciente respira; caso respire, deitá-lo de lado. Se não respira, aguardar a equipe de resgate chegar é o ideal”, orientou o especialista.

Para o médico do Samu, é importante que os primeiros socorros sejam iniciados o mais rápido possível para evitar que a corrente elétrica cause muitos danos no organismo com complicações graves. “Além do risco imediato de morte quando a corrente é muito alta, o choque elétrico pode afetar o corpo de outras formas e, por isso, o atendimento médico é fundamental”, salientou.

Assistência 192

Ele explicou que o Samu procura saber, no momento da ligação, se a fonte de descarga elétrica continua ativa e faz as orientações citadas acima. Quando o fato não acontece em uma residência e sim em fontes externas, como postes ou fiações, é acionado o órgão competente distribuidor de energia. “No local, com a vítima, avaliamos a cena para possível identificação de risco à equipe e abordamos o paciente”, explicou Marcell Figueiredo.

Nesse momento são verificados, pelos socorristas, os sinais vitais da vítima, assim como os sinais indicativos da passagem da corrente elétrica no corpo (lesão de entrada e de saída). “A partir daí iniciamos condutas clínicas a depender do quadro apresentado, que varia entre cuidados básicos, como monitorização e analgesia, até mesmo massagem cardíaca, caso o paciente esteja em parada cardiorrespiratória”, explicou o médico, ressaltando que o paciente é destinado para a unidade de referência, onde a principal é o Hospital Geral do Estado( HGE).