Redação A Hora News

Legenda: As posições diferentes dos dois políticos politizaram as ações de combate ao vírus| Foto: Divulgação Presidência

Através das suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro se posicionou contra a decisão do Ministério da Saúde de comprar 46 milhões de doses da CoronaVac, a vacina chinesa que está sendo produzida em São Paulo pelo Instituto Butantan.

“Para o meu Governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser COMPROVADA CIENTIFICAMENTE PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE e CERTIFICADA PELA ANVISA. O povo brasileiro NÃO SERÁ COBAIA DE NINGUÉM”, escreveu o presidente com letras garrafais.

E ao continuar o assunto, Bolsonaro declarou que não está de acordo em investir bilhões de reais neste produto que não tem nenhuma comprovação de sua eficácia.

“Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem. Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, completou.

Doria contra-ataca: “deixe a eleição para outro momento”

João Doria estava em Brasília e não demorou para se manifestar sobre a fala do presidente.

“(Estou) esperando, torcendo, para que a posição do ministro da Saúde, expressa por ele de forma correta e completa, seja a posição do governo Bolsonaro. Afinal, para que ter ministros se os ministros não têm condições de emitirem suas opiniões e defenderem suas posições?”, questionou.

“Seria melhor, então, fechar ministérios. Se toda vez que um ministro emitir opinião for desautorizado pelo presidente da República, para que ter ministros?”, completou Doria.