Redação A Hora News
A futura ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, tem sido alvo da imprensa desde que foi indicada para o cargo pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.
No último sábado (15) o jornal Folha de São Paulo divulgou uma reportagem sobre a ONG Atini, fundada por Damares, que tem sido acusada por indigenistas de “incitar ódio a indígenas e tirar criança de mãe”.
A ONG em questão, atua defendendo crianças do infanticídio, prática comum entre os índios do norte do país que matam crianças quando nascem com algum problema físico ou quando nascem gêmeos. Damares, inclusive, é adotou uma criança indígena que quase foi morta por seus pais.
Ao ter conhecimento das acusações, a jovem Kanhu Kamayurá, de 19 anos, concedeu uma entrevista ao Agora Paraná para refutar as acusações contra a futura ministra.
Sobrevivente do infanticídio, a jovem indígena diz que há uma tentativa de “transformar Damares numa pessoa ruim, numa pessoa que tira crianças À força da família”.
A jovem explica que o trabalho da ONG Atini não é raptar crianças, mas sim salvá-las da morte. “Ela foi uma das pessoas que me salvou. Graças a ela eu estou aqui, graças a ela eu tenho sonhos, graças a ela eu tenho vontade de ajudar outras crianças indígenas que passam o mesmo que eu passei”, declarou Kanhu ao gravar um vídeo.
A ONG resgata crianças que estavam condenadas à morte pela cultura local, por isso a jovem diz que não se trata de sequestro ou tráfico humano.
Kanhu sofre de distrofia muscular progressiva, pela cultura de sua tribo, ela deveria ficar em uma oca, escondida, para não ser morta a mando dos demais índios da tribo. “Meus pais pediram ajuda para a Atini, que ajudou minha família a ficar em Brasília para que eu fizesse um tratamento. Se eu permanecesse na aldeia com certeza estaria morta”, revelou.
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