Redação A Hora News
Segundo uma pesquisa do Instituto Barna, cerca de metade dos cristãos jovens acredita que é “errado” evangelizar.
O novo relatório, “Reviving Evangelism”, examinou as experiências de pessoas que compartilham sua fé e quais suas atitudes em relação à evangelização. O foco principal foram os milennials, nascidos no final da década de 1990 e, portanto, hoje têm entre 20 e 30 ano.
Quarenta e sete por cento deles dizem que se sentem “preparados para compartilhar sua fé com outras pessoas”, com quase três quartos respondendo que “sabem responder” quando alguém faz perguntas relacionadas à fé. Essa confiança é consideravelmente maior do que as gerações anteriores, segundo a pesquisa.
Quase todo cristão praticante acredita que parte de sua fé é ser uma testemunha sobre Jesus e que a melhor coisa que poderia ocorrer para alguém é receber a Cristo, mostram os resultados da pesquisa. No entanto, um número significativo dos milennials ou “geração Y” não está evangelizando pois considera isso pelo menos um pouco “errado”.
“Quase metade (47%) deles concorda, pelo menos em parte, que é errado compartilhar suas crenças pessoais com alguém de uma fé diferente, na esperança de que um dia eles compartilhem a mesma fé. Em comparação, entre a geração X – dos pais deles – o índice cai para 27% e chega a 19% entre os nascidos após a Segunda Guerra”, diz o relatório
A crescente hostilidade cultural ao evangelho e campanhas pelo respeito às diferenças tornam o evangelismo mais difícil hoje do que nas décadas anteriores, como mostra a análise, já que muitos cristãos mais velhos não tinham de lidar com tanta oposição na sociedade contra o livre compartilhamento da fé.
O estudo foi realizado em maio do ano passado, examinando cerca de 1000 cristãos praticantes e 1.001 adultos que não se definem como “cristãos praticantes”, ou seja, que concordam que “a fé é muito importante em suas vidas e que frequentaram a igreja no último mês”.
Falta convicção
“Para começar, devemos transmitir uma fé resiliente aos jovens cristãos (isso também é uma forma de evangelismo), planejando especialmente para o período que cursam o ensino médio e a faculdade”, disse David Kinnaman, presidente do Barna, instituição dedicada à pauta religiosa.
“O problema do abandono da evangelização é real e tem um efeito negativo sobre o impacto de cristãos sobre os não-cristãos”, lembra o estudioso. “Cultivar uma convicção cristã profunda, firme e resiliente é difícil em uma sociedade onde o discurso do “não critique as escolhas de vida de ninguém” e os sentimentos alheios tornaram-se a prioridade. Afinal, o evangelismo não é apenas para salvar os incrédulos, mas lembrar a nós mesmos que essas coisas importam, que a Bíblia é confiável e que Jesus muda tudo”, concluiu.