por Famosos na Web
Na Globo, seu primeiro trabalho atuando foi em 1970, em “A Próxima Atração”, de Walther Negrão. Em 1977, ele foi convidado pela TV Tupi e por lá estreou como dramaturgo, assinando “Éramos Seis”. “Ivani Ribeiro queria o ator Carlos Augusto Strazzer, que estava fazendo a novela. Ela queria que ele fosse para ‘O Profeta’. Nós não queríamos tirá-lo da novela, mas veio uma ordem. Tenho vontade de refazer na Globo. Acho que é uma história sempre atual”, recorda.
No ano seguinte, retornando à Globo, ele assinou “Pecado Rasgado”, e a partir daí, foi responsável por novelas que foram sucessos em suas respectivas épocas e relembradas até os dias de hoje. Em 1980, teve o desafio de substituir Cassiano Gabus Mendes na autoria de “Plumas e Paetês”. No ano seguinte, veio “Jogo da Vida”, seguido por “Guerra dos Sexos” (1983), “Cambalacho” (1986) e “Sassaricando” (1987).
Até que em 1990, Silvio fez sua estreia no horário nobre com “Rainha da Sucata”. O tema de suspense passou a ser bastante explorado em suas produções seguintes, como em “A Próxima Vítima” (1995) e “Torre de Babel” (1998). “Quando fui fazer ‘Rainha da Sucata’, era um melodrama misturado com comédia. Depois veio ‘A Próxima Vítima’, e você tem que ser interessante todo dia, queria que o drama também fosse assim. Acho que o thriller policial garante aquela incógnita, e você tem que assistir todo dia”, diz.
Sobre a rotina cansativa de escrever uma novela, o atual comandante do Departamento de Dramaturgia da Globo explica como que funciona. “Começo a escrever lá pelas sete da manhã. Escrevo até mais ou menos 12h, almoço com minha família. Volto a escrever 14h e termino na hora que a novela vai para o ar. Isso durante os 200 capítulos. Antes disso, tenho o processo de criação da sinopse que é mais lúdico”, explica.
Apesar do trabalho explorar muito dele, Silvio afirma que conta com a ajuda da família, e que sem eles, nada seria possível. “Esse alicerce familiar é que me dá a força para continuar trabalhando e vivendo. Porque tem que ter uma coisa maior do que simplesmente fazer sucesso ou ganhar dinheiro, entendeu? A realização pessoal é muito maior do que tudo isso”, afirma.