Washington
Trump fez as declarações durante a sua chegada, quando reafirmou a aliança histórica entre Israel e os EUA e defendeu um acordo de paz na região. “Temos diante de nós uma rara oportunidade para trazer segurança, estabilidade e paz para a região. Mas só podemos trabalhar em conjunto”, disse.
O presidente Reulen Rivlin, por sua vez, disse em declarações à imprensa que o destino de palestinos e judeus é viverem juntos na “terra prometida”. “Precisamos trabalhar para construir a confiança para vivermos em paz”, afirmou.
Analistas entrevistados pela imprensa norte-americana, no entanto, têm sido céticos quanto à possibilidade de Trump mediar um acordo definitivo de paz entre Israel e Palestina. Ele terá reuniões privadas com líderes israelenses e com autoridades do Estado Palestino, mas não foi confirmado se vai ter um encontro conjunto com os dois lados.
Recado ao Irã
Trump aproveitou a ocasião para mandar uma mensagem ao presidente iraniano Hassan Rouhani, reeleito há dois dias, afirmando que o Irã patrocina o terrorismo. E mencionou o apoio financeiro iraniano a grupos radicais, como o grupo xiita Hezbollah, rebeldes no Iêmen, milícias no Líbano e também o apoio dado pelo Irã ao presidente sírio Bashar Al-Assad na guerra da Síria.
“O Irã patrocina o terror e a violência […], o mais importante é que os Estados Unidos e Israel estão aqui para declarar, em uma só voz, que o Irã não pode ter armas nucleares e deve parar de financiar o terrorismo”, afirmou.
Após cumprir a agenda em Tel-Aviv, Trump viajou em um helicóptero militar a Jerusalém, onde visitou o Santo Sepulcro ao lado de lideranças religiosas e foi até o Muro das Lamentações, onde deixou um pedido, como fazem os milhares de fiéis que visitam o local.
Longe da agenda oficial, o dia foi marcado por protestos anti-Trump em territórios palestinos e houve enfrentamentos entre rebeldes palestinos e soldados israelenses.
Trump fica em Israel até amanhã, quando deve partir para Roma.